Congregação Judaica Shaarei Shalom – שערי שלום

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  1. Introdução – A cura do corpo e da alma… Nas gerações passadas, os temas de saúde e cura eram estudados principalmente por aqueles da área médica. Entretanto, atualmente o conhecimento destes campos não somente estendeu-se ao público em geral, como mais do que nunca, novas idéias estão sendo divulgadas, tanto em termos de técnica aplicada e discussão teórica no mundo da medicina, como no âmbito e natureza da própria cura.

A medicina convencional, que antes tendia a procurar a causa imediata de uma doença observando empiricamente seus sintomas, agora abriu sua pesquisa às origens psicológicas e espirituais das doenças, e nossa capacidade de nos recuperarmos delas. Aquilo que já foi uma predisposição médica de separar o corpo e seus sistemas físicos da pessoa interior começou a mudar. A abundante popularidade de novas alternativas médicas criou um imenso supermercado de novos tratamentos, que estão constantemente desafiando nossas idéias sobre a natureza da saúde e da cura.

Tendo isso em vista, é mais adequado que a duradoura tradição de cura e práticas médicas dentro do judaísmo em geral e na Cabalá em particular seja apresentado. Esta obra foi escrita para a pessoa que deseja começar a adquirir um entendimento da grandeza desta tradição e sua sabedoria a respeito da natureza do corpo e suas raízes espirituais. Além disso, a singularidade da Cabalá, em sua capacidade de interpretar sistematicamente todos os métodos de cura secular e suas correlações espirituais…[1]

  1. Yom Kipur – O Dia do Perdão – “Ao Eterno, nosso D’us, pertence a misericórdia e o perdão…” (Daniel 9:9) Os cabalistas revelam que uma centelha da alma de Moisés se encarna em cada um dos judeus. Moisés vive em todos nós. E, portanto, em certa medida, cada um de nós contém alguma de suas características e de seu poder.

No Yom Kipur, dia mais sagrado do calendário judaico, agimos como o fez Moisés no Monte Sinai. E como Moisés, que rezou por todo o nosso povo, assim o fazemos nós. As orações da liturgia de Yom Kipur são todas pronunciadas no plural, pois não rezamos apenas por nós, mas por toda a congregação de Israel. E seguindo os ensinamentos de D’us a Moisés, invocamos os Treze Atributos de Misericórdia Daquele que é Rei Misericordioso. Moisés jejuou 40 dias e 40 noites para obter o perdão para seu povo. Os sábios nos explicam que durante esse período, Moisés viveu como um anjo.

Em Yom Kipur, nós também jejuamos, abstendo-nos de comer e beber. Não realizamos nenhuma das atividades proibidas no Shabat, pois que Yom Kipur é o “Sábado dos Sábados”. Não usamos sapatos de couro, não nos banhamos nem tampouco usamos perfumes e cremes, e não temos relações conjugais. Assim agindo, durante todo o Yom Kipur, deixamos para trás nossos afazeres mundanos, nossos desejos e nossas preocupações. Ao nos elevarmos espiritualmente, aproximamo-nos de D’us, estando desta forma mais aptos a obter o favor Divino sobre nós e sobre todos os nossos irmãos – … o Povo de Israel.

Nos Pirkei (Avot)- comentários – de Rabi Eliezer (capít. 46), este sábio cita Satã, o anjo do pecado e aquele que iniciou a instigação que terminaria no incidente do bezerro de ouro, quando se coloca diante de D’us, em Yom Kipur: Satã percebeu que não havia pecado entre o povo, em Yom Kipur.  Disse então a D’us: “Tens diante de Ti um povo único, como os anjos que Te auxiliam nos Céus. Como os anjos, que não comem nem bebem, assim o fazem os judeus, no Yom Kipur”. Este é o único dia do ano em que Satã não tem poder de acusação sobre o povo judeu. Assim sendo, é o dia em que podemos obter o perdão Divino sem enfrentar quaisquer impedimentos espirituais.

D’us decide o destino de cada uma das pessoas em Rosh Hashaná, mas Ele apenas confirma os Seus desígnios ao término do Yom Kipur. Ensinaram-nos que o arrependimento, a prece e a caridade podem reverter o destino infausto. “Agora, deixa-Me!”, D’us ordenou a Moisés. “Deixa-Me só, pois tu podes anular Meus decretos”. Devemos lembrar-nos que foi o Criador – e não Moisés – quem escreveu a Torá. E portanto, foi D’us, Ele Próprio, quem decidiu registrar esse incidente em Sua Torá – em que um ser humano prevaleceu sobre Seus decretos – para ensinar a todas as gerações futuras que o destino do povo judeu está assentado sobre os atos e orações de cada um de nós.

  1. Os treze atributos de misericórdia – Quando D’us escreveu a Sua Torá, revelou a Moisés e, subseqüentemente, a todas as gerações do povo judeu, o texto de uma oração que serviria para sempre invocar a Sua misericórdia. Esta prece, conhecida como os Treze Atributos da Misericórdia, somente pode ser recitada por uma congregação composta de um mínimo de dez homens. Algumas congregações a recitam diariamente, exceto no Shabat e nos Dias Santos. Outras, apenas em dias de jejum ou em momentos de crise. Mas todas a recitam no Yom Kipur. A prece é repetida várias vezes e constitui o tema central nos serviços religiosos deste dia sagrado.

Seguem-se os Treze Atributos e uma breve explicação sobre cada um:

O Eterno – este Nome denota o atributo Divino da Misericórdia e os milagres feitos por Ele para anular até mesmo as leis da natureza por Ele criado. Seu Nome aparece duas vezes nos atributos. Na primeira significa que D’us tem piedade dos pecados do homem, apesar de Ele saber que a pessoa cometerá atos indignos no futuro.

O Eterno – a segunda menção de Seu Nome denota que mesmo que alguém tenha pecado, D’us misericordiosamente aceita seu arrependimento.

El (D’us) – este Nome denota o infinito poder do perdão Divino. Nele está implícito um grau de misericórdia que ultrapassa o indicado pelo Nome de Seu primeiro e segundo atributos.

Rachum (Compassivo) – D’us alivia o castigo dos culpados e ajuda as pessoas a evitar situações penosas.

Ve-Chanun (e Gracioso) – D’us é gracioso mesmo com os que não o merecem.

Erech Apayim (Tardio em irar-se) – D’us é paciente com os justos e com os iníquos. Ao invés de logo punir os pecadores, Ele lhes dá tempo para se recuperarem e se arrependerem.

Ve-Rav Chessed (e Magnânimo em Sua Bondade) – D’us é bondoso mesmo com os que não têm o mérito de praticar o bem. E se o comportamento de alguém se equilibra entre a virtude e o pecado, D’us inclina a balança do julgamento para o lado do bem.

Ve-Emet (e Verdadeiro) – A verdade é o próprio Selo Divino. D’us jamais volta atrás em Suas palavras de recompensar os que o merecem.

Notzer Chessed Le-alafim (Preservador da Bondade para milhares de gerações) – D’us preserva as boas ações das pessoas em benefício de seus descendentes. É por isso que constantemente invocamos os méritos dos patriarcas do povo judeu: Abrahão, Itzhak e Jacob.

Avon (Iniqüidade) – Esta é uma das três categorias de pecado e se refere a um pecado intencional, perdoado por D’us se houver arrependimento sincero.

Va-Pesha (Pecado Rebelde) – Este é o tipo mais sério de pecado, cometido com a intenção de causar a Ira Divina. Mesmo uma transgressão tão séria é perdoada quando há arrependimento.

Ve-Hatê (e Erro) – Este é o pecado cometido pela apatia e pela insensibilidade, também perdoado por D’us, mediante o arrependimento.

Ve-Nakê (Aquele que purifica) – Quando alguém se arrepende, D’us purifica o seu pecado, fazendo desaparecer o efeito do mesmo. [2]

III. O Poder da Oração – A moderna pesquisa científica tem corroborado aquilo que há muito é conhecido pela humanidade: rezar a D’us é potente; possui o poder de curar, ou, expresso em palavras de fé, a prece sincera atrai o poder curativo do Alto.

Na Cabalá e Chassidut, aprendemos que há cinco níveis de prece para os enfermos, que correspondem às quatro letras do Nome essencial de D’us Havaya, e ao quinto nível transcendente aludido pela ponta do yud. Descreveremos estes níveis em ordem crescente: Os sábios ensinam que “a prece de uma pessoa doente por si mesma é mais potente que a prece de outros por ela.” Quem pode sentir e identificar-se com seu sofrimento e apreensão melhor que a pessoa enferma? Sua própria prece brota das profundezas de seu coração.

Com toda sua alma, volta-se para D’us como sua única esperança de recuperação. Aprendemos na Cabalá que a alma aflita, que sofre – a alma no estado espiritual de exílio existencial – corresponde à sefirá de malchut, que por sua vez corresponde ao hê final do Nome Havaya de D’us. Quando mais a pessoa está identificada com o atributo de malchut – identificando seu sofrimento pessoal com aquele da Divina Presença e da “Congregação de Israel” como um todo (ambas das quais são designações de malchut) – mais potente é a prece por si mesmo.

Em outras obras, nossos sábios ensinam que “se houver uma pessoa doente na casa de alguém, este deve procurar um sábio e pedir-lhe para implorar (a D’us) para que tenha misericórdia dele.”  Vemos aqui que a prece de um verdadeiro sábio possui o poder de atrair a misericórdia de D’us para o doente, mais que aquela de outra pessoa (incluindo o próprio doente e aqueles mais próximos – sua família direta).

A capacidade de atrair misericórdia depende da conexão com a sefirá de tiferet, cuja experiência interior é de misericórdia e compaixão para com o outro. A sefirá de tiferet corresponde ao vav do nome Havaya de D’us. A alma arquetípica que na Cabalá corresponde à sefirá de tiferet é aquela de nosso patriarca Yaacov. É ela que desperta a misericórdia sobre “a congregação de Israel” (conforme representada por sua esposa Rachel). Yaacov representa também o modelo de um sábio de Torá.

Pela perspectiva de tiferet, o sofrimento de malchut é visto sob uma ótica diferente, mais profunda, e assim a capacidade de tiferet despertar misericórdia para malchut é mais do que este pode despertar misericórdia para si mesmo. Apesar disso, mesmo esta perspectiva mais elevada sobre a realidade e a prece que ela inspira são consideradas parte dos níveis “revelados” de Divindade – as letras vav e o hê final do Nome Havaya de D’us – em contraste com os níveis “ocultos” de Divindade – as letras yud e o primeiro hê de Havaya, do qual falaremos agora.

Ensina-se na Chassidut que um verdadeiro tsadic, somente com o poder de seu pensamento – sem necessidade de expressar verbalmente seus pensamentos e emoções na prece – pode, miraculosamente, pela Divina graça, curar os enfermos e libertar os encarcerados. Ao concentrar o pensamento em uma alma que sofre, o verdadeiro tsadic conecta sua própria alma à outra, estende-lhe sua mão, e a eleva – redime-a – de sua doença. Este poder redentor deriva da sefirá de biná, que corresponde ao primeiro hê do nome Havaya de D’us.

No Zôhar, refere-se à biná como “o mundo de liberdade,” a epítome da redenção espiritual (o segredo do ano jubileu, o qüinquagésimo ano – correspondendo ao qüinquagésimo portal do entendimento – quando escravos são libertados e as terras retornam a seus proprietários originais). De forma geral, o pensamento, ao contrário da fala, corresponde ao “mundo oculto” de biná, o primeiro hê do Nome Havaya. E assim o poder de pensamento do tsadic está no seu nível oculto.

Como todo judeu tem o potencial interior para tornar-se um tsadic – diz-se sobre o futuro que “Teu povo é todo de justos [tsadikim]” – em um certo sentido este nível diz respeito a todo e cada judeu, em relação ao seu próximo judeu, ou mesmo em relação a si mesmo.

Especialmente importante é o ensinamento da Chassidut sobre o poder do pensamento em relação à própria pessoa (ou em relação àqueles por quem está profundamente preocupada): “pense o bem e o bem acontecerá.” Acima deste nível está o poder da bênção sacerdotal. Aqui, a vontade explícita de D’us – a bênção sacerdotal é um mandamento da Torá – juntamente com a intenção e verbalização dos sacerdotes, atraem a energia Divina e poder curativo de um nível ainda mais elevado que aquele inerente ao pensamento do tsadic.

A vontade de D’us, conforme está expressa nos preceitos da Torá, deriva do nível de chochmá, o yud do nome Havaya. No Zôhar, encontramos a declaração “a Torá emana de chochmá.” A experiência interior de chochmá é de verdade e absoluto altruísmo. Este estado de abnegação é na verdade a essência embrionária do amor de Israel, a total identificação com o próximo judeu, com as quais o sacerdote abençoa o povo.

  1. A bênção sacerdotal começa com a letra yud. Possui quinze palavras. Cada uma das primeiras treze palavras possui a letra yud. Estes treze yuds da bênção sacerdotal são entendidos na Cabalá como correspondendo aos treze atributos da misericórdia Divina, cuja origem está em keter, mas que são revelados ao mundo pelo poder de chochmá, o yud – a primeira letra – do nome Havaya.

No Templo, os sacerdotes, quando abençoavam o povo, proferiam o Nome Havaya de D’us como está escrito (em qualquer outro lugar e contexto isso é terminantemente proibido). O poder Divino assim evocado deriva do nível de chochmá, o nível do mundo de Atsilut – o “domínio particular” de D’us (o Templo Sagrado acima) – ao qual a Cabalá se refere como “o segredo do Nome.”

Acima ainda dos dois níveis ocultos e dos dois níveis revelados acima descritos, existe um quinto nível transcendente. Este é o nível de “infinita, Divina paciência,” correspondente à coroa celestial (keter) e à ponta do yud do nome Havaya de D’us.

Aqui, a pessoa simplesmente espera, com o poder da infinita paciência, pela salvação de D’us. A pessoa não reza com palavras audíveis nem tem pensamentos conscientes. A completa fé na Divina providência – todos os caminhos de D’us são bons – transforma o estado geral de consciência da pessoa em um estado de júbilo – “alegre no sofrimento.

” Em completo silêncio, a pessoa é atraída para cima, para alcançar o nível de “Meu pensamento, que não é teu pensamento.” Paradoxalmente, embora neste nível não haja fim para a paciência e perseverança da pessoa, ao atingir este nível de perfeita fé em D’us – sendo um com o Eterno – “a salvação de D’us é como um piscar de olhos.” [3]

  1. Moshê (Moises) Defende o Povo Judeu – Moshê, o pastor altruísta, fez seu melhor para defender os judeus. Apesar do povo ter se rebelado até mesmo contra Moshê, dizendo: “Retornemos ao Egito”, Moshê como de costume, apressou-se para suplicar por eles.

“Se matares o povo em vez de levá-los à Terra,” argumentou com o Todo Poderoso, “as nações gentias, não sabendo que Tu estás punindo os judeus por seus pecados, proclamarão: ‘Por que o Todo Poderoso aniquila um povo que Ele ama e em cujo meio Ele habita? Deve ser porque Ele não tem poder para lhes dar a Terra de Canaã.'”

“Filho de Amram,” replicou D’us, “Acaso as nações não conhecem Minha força porque ouviram sobre os grandes milagres que Eu realizei no Mar Vermelho?”

Moshê respondeu: “Elas dirão: ‘Apesar de Ele derrotar um rei, Faraó, Ele não é capaz de conquistar os trinta e um reis de Canaã, Por conseguinte, assassinou Seu povo no deserto.’

“E agora, D’us, que Sua Misericórdia prevaleça sobre Sua ira. Cumpra Suas palavras, que Você é paciente e tolerante mesmo com iníquos. Não atente para o que eu disse antes.” A que conversa anterior referia-se Moshê? Ao ascender ao Céu para receber as Tábuas da Lei, encontrou D’us escrevendo as palavras: “D’us é paciente e tolerante.”

Perguntou: “Esta frase quer dizer que Você é indulgente quando um tsadic (justo) peca?” “Não apenas com tsadikim,” respondeu D’us. “Refere-se também a perversos.”

“Por que és paciente com os iníquos?’ – questionou Moshê. “Deixe-os perecerem.” “Chegará o dia,” redargüiu D’us, “em que ficarás feliz com este Atributo da Misericórdia, e recorrerás a ele.”

Quando os judeus pecaram no incidente dos espiões foram classificados como ” perversos”, porque pecaram repetidamente. Por isso Moshê apelou a D’us para ser tolerante com eles.

“Não disseste que devo ser paciente apenas com os tsadikim?” – perguntou D’us a Moshê. “E Tu não me garantiste que És paciente também com os perversos?” – lembrou-Lhe Moshê. Moshê disse a D’us: “Tua verdadeira força é revelada ao mundo quando exerces a paciência (pois o verdadeiro poderoso é aquele que consegue controlar-se).

“Mesmo que os judeus tenham causado Tua ira testando-O agora pela décima vez, lembre-Te de que Avraham, na décima prova com a qual o testaste, conquistou sua compaixão por seu filho Yitschac e estava disposto a sacrificá-lo. Em troca, deixe que agora Sua Misericórdia conquiste Tua ira. Então ficará claro que Tu és poderoso.”

  1. Moshê apelou ao Atributo divino da Misericórdia. D’us lhe prometera que Ele sempre responderia favoravelmente a esses Atributos. Há Treze Atributos da Misericórdia Divina, mas Moshê apelou apenas a seis, naquele momento. Sentiu que os judeus não fizeram teshuvá por sua rebelião contra D’us. Por isso, não ousou pedir por perdão completo, mas apenas por adiamento da punição, para impedir a destruição completa e imediata.

“D’us,” exclamou, “que é tolerante e abundante em Misericórdia; Que perdoa iniqüidade e transgressão, Que perdoa aqueles que voltam a Ele e pune os que não o fazem, mas, em vez de destrui-los, distribui o pecado dos pais para três ou quatro gerações de seus descendentes – não decrete a morte sobre os Filhos de Israel!” D’us replicou: “Apesar de não perdoar o povo judeu completamente, Eu os perdoarei, conforme suas palavras. Em vez de aniquilá-los imediatamente, Eu punirei esta geração com a eventual morte no deserto, e distribuirei o resto da punição sobre as próximas gerações.” [4]

  1. Mesillat YesharimO Caminho dos Justos é verdadeiramente, “Um Atalho (Uma Maneira) e um Convite à elevação do homem ao Divino” – enviado a todos aqueles que com Temor e Amor verdadeiros servem à Ha’Shem através do cumprimento das Suas Mitzvot contidas em Sua Toráh Viva & Eterna. – Moshê sobe ao Monte Sinai pelos terceiros 40 dias (1313 AEC) – No início da manhã de 1º de Elul de 2448 (1313 AEC), Moshê subiu ao Monte Sinai, levando consigo as tábuas de pedra que ele tinha entalhado por ordem Divina, para que D’us reescrevesse nelas, os Dez Mandamentos (Assêret Hadibrot). Na montanha, D’us deu permissão a Moshê: “Veja Minhas costas, mas não Minha face” . – Maimônides interpreta este fato como uma percepção da realidade de D’us, mas não Sua essência – o mais próximo que algum ser humano jamais esteve de conhecer a D’us – e ensinou-lhe o segredo de Seus “Treze Atributos da Misericórdia” (Shemot 33:18-34:8).

Moshê permaneceu na montanha durante 40 dias, até 10 de Tishrei (Yom Kipur), e durante este tempo ele recebeu de D’us o perdão sincero, e a reconciliação com o povo de Israel, após a traição do pacto, quando eles adoraram o bezerro de ouro. Este foi o terceiro dos três períodos de 40 dias que Moshê passou no Monte Sinai em conexão com a Outorga da Torá. Desde então, o mês de Elul, serviu sempre para o povo judeu, como o “Mês do perdão e da misericórdia Divina”. – Já no primeiro dia de Elul, começa a temporada de saudações de Ano Novo. É costume desejar um ano bom e doce uns aos outros, tanto ao cumprimentar os amigos e familiares quanto ao escrever para eles. [5]

Fontes: [1] Revista Morasha: http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=40&p=3

[2] Chabad: http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/667341/jewish/Parte-16-O-Poder-da-Orao.htm

[3] Chabad: http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/920358/jewish/Mosh-Defende-o-Povo-Judeu.htm  [4] Mesillat Yesharim: Rosh Chodesh Elul, 1 Elul 5767 – http://mesillatyesharim.blogspot.com.br/2007/08/chosh-chodesh-elul.html [5] Chabad: http://www.chabad.org.br/tora/cabalaterapia/cab064.html

Coordenador: Saul Stuart Gefter



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