Congregação Judaica Shaarei Shalom – שערי שלום

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  1. Introdução – Antissemitismo é o preconceito ou hostilidade contra judeus baseada em ódio contra seu histórico étnico, cultural e/ou religioso. Na sua forma mais extrema, “atribui aos judeus uma posição excepcional entre todas as outras civilizações, difamando-os como um grupo inferior e negando que eles sejam parte da(s) nação(ões) em que residem”. A pessoa que defende este ponto de vista é chamada de “antissemita”.

O antissemitismo é manifestado de diversas formas, indo de expressões individuais de ódio e discriminação contra indivíduos judeus a violentos ataques organizados (pogrom), políticas públicas ou ataques militares contra comunidades judaicas. Entre os casos extremos de perseguição estão a Primeira Cruzada de 1096, a expulsão da Inglaterra em 1290, a Inquisição Espanhola, a expulsão da Espanha em 1492, a expulsão de Portugal em 1497, diversos pogroms, o Caso Dreyfus e, provavelmente o mais infame, o Holocausto perpetrado pela Alemanha Nazista. Embora a etimologia possa sugerir que o antissemitismo é direcionado a todos os povos semitas, o termo foi criado no final do século XIX na Alemanha como uma alternativa estilisticamente científica para Judenhass (“Aversão a judeus”), sendo utilizada amplamente desde então.

Etimologia e uso – Uso – Apesar do uso do prefixo anti, os termos semita e antissemita não são diretamente opostos. O antissemitismo refere-se especificamente ao preconceito contra judeus em geral, apesar do fato de existirem outros falantes de idiomas semitas (isto é, árabes, etíopes ou assírios) e de nem todos os judeus empregarem linguagem semita. O termo antissemita foi utilizado em algumas ocasiões para expressar o ódio a outros povos falantes de idiomas semitas, mas tal utilização não é amplamente aceita.

Estudiosos defendem o uso sem hífen do termo antissemitismo para evitar provável confusão a respeito de o termo referir-se especificamente a judeus, ou a falantes de idiomas semitas como um todo. Emil Fackenhiem, por exemplo, apoiou a utilização sem hífen para “repelir a noção de que há todo um ‘semitismo’ ao qual o ‘anti-semitismo se opõe”.

Etimologia – Considerando a etimologia da palavra, antissemitismo significaria aversão aos semitas – segundo a Bíblia, os descendentes de Sem, filho mais velho de Noé – grupo étnico e lingüístico que compreende os hebreus, os assírios, os arameus, os fenícios e os árabes. Mas, de fato, a palavra antisemitismus foi cunhada, em língua alemã, no século XIX, numa altura em que a ciência racial estava na moda na Alemanha, e foi usada pela primeira vez já com o sentido de aversão aos judeus, pelo jornalista alemão Wilhelm Marr, em 1873, por soar mais “científica” do que Judenhass (“ódio aos judeus”). Há autores (como Gustavo Perednik) que preferem utilizar o termo judeofobia, significando “aversão a tudo o que é judaico” e esse tem sido o uso normal da palavra desde então. Tanto quanto pode ser confirmado, a palavra foi impressa pela primeira vez em 1880. Nesse ano, Marr publicou “Zwanglose Antisemitische Hefte” (“Livros casuais anti-semitas”) e Wilhelm Scherer usou o termo Antisemiten (antissemitas) no jornal “Neue Freie Presse” de janeiro daquele ano. A palavra relacionada, “semitismo”, foi cunhada por volta de 1885.

Raízes do antissemitismo

Desenho antissemita de Charles Lucien Léandre, reproduzindo a teoria da conspiração judaica que controlaria o mundo. Muitos fatores motivaram e fomentaram o antissemitismo, incluindo fatores sociais, econômicos, nacionais, políticos, raciais e religiosos, ou combinações destes fatores. Sócioeconômicas, devido à ação de autoridades locais, governantes, e alguns funcionários da igreja que fecharam muitas ocupações aos judeus, permitindo-lhes no entanto as atividades de coletores de impostos e emprestadores, o que sustenta as acusações de que os Judeus praticam a usura. Políticas, através de manifestações contra a existência do Estado de Israel, sendo muito incitado pela religião Islâmica e pelos países árabes . Um dos grandes propagadores do antissemitismo no século XX foi o regime nazista alemão. Atualmente, o ódio ao judeu freqüentemente apoia-se em ideais nazistas, ainda que o pensamento antissemita seja muito mais antigo.

O antissemitismo contemporâneo – O antissemitismo nunca foi tão forte quanto nos dias de hoje e por outro lado nunca foi tão escondido. Hoje o mundo passa por uma conscientização coletiva sobre todos os tipos de preconceito existentes e o espaço para o antissemitismo ficou escasso e vergonhosos para quem o usa. Por isso, alem de suas formas clássicas, ele se apresenta em nossos tempos de duas novas formas.

O Retroativo e o Descaracterizado – Retroativo – Forma de usar o próprio antissemitismo para atacar o povo judeu, acusando-o de criar ou usar o antissemitismo para causar mal aos outros, criando assim um ambiente propicio para desenvolver o ódio aos judeus sem culpa. Exemplo: Negacionismo (Acusar os judeus de criar sua própria perseguição no holocausto ou em outros eventos, com o propósito de dominar o mundo).

Descaracterizado – Acusar algo ou alguém que referencia-se a maioria do povo judeu. Exemplo: Anti-sionismo Acusar o estado judeu de usar dos mesmos meios sofridos na história contra outros povos para desvalidar todo o antissemitismo anterior).

Filmografia – No documentário Defamation (em em português: Difamação), o cineasta judeu israelense Yoav Shamir apresenta uma visão crítica acerca do antissemitismo, que tem servido como bandeira para certos grupos oriundos das comunidades judaicas dos Estados Unidos, frequentemente aliados aos interesses da extrema direita israelense. Para desfrutar de certos poderes e privilégios ou para justificar ações do Estado de Israel contra a população palestina, esses grupos precisariam manter vivo o antissemitismo, seja como um perigo real, seja como ameaça imaginária. Segundo o documentário, muitos judeus, religiosos ou não, não concordam com a manipulação do sofrimento de seus antepassados em benefício desses grupos de influência. [1]

  1. Resumo – O que é anti-semitismo? Anti-semitismo é a ideologia de aversão cultural, étnica e social aos judeus. O termo foi utilizado pela primeira vez pelo escritor anti-semita Wilhelm Marr, em 1873, surgindo como uma forma de eufemizar a palavra alemã “Judenhass”, que significava “ódio aos judeus”. Ao pé da letra, o termo “anti-semita” é errôneo, visto que os árabes também são“semitas”, descendentes de Sem, filho de Noé. No entanto, a palavra se refere unicamente ao povo judeu. Desde o fim do século XI, os judeus eram segregados na Alemanha, embora o anti-semitismo em si tenha surgido a partir da década de 1870.

Durante anos, foi criado na Alemanha, no entanto em uma intensidade menor, o sentimento de que os judeus eram os responsáveis pelos males ocorridos no país. O diplomata, escritor e filósofo francês Arthur de Gobineau, um dos maiores teóricos do racismo, afirmava que os judeus eram inferiores aos arianos, tanto moral quanto fisicamente. Essa ideologia encontrou seu ponto máximo no nazismo.

Em seu livro “Mein Kamff”, Adolf Hitler traçou o perfil dos judeus: um povo parasita, incorporado ao organismo de outros povos. Segundo ele, eram um povo explorador, que vivia do trabalho dos outros e da exploração econômica, visando apenas o lucro, nunca o bem da comunidade. A forte e eficiente propaganda nazista fez com que a população alemã tomasse ódio pelos judeus, assim, as pessoas foram convencidas de que eliminá-los era conveniente para a nação. Como consequência de uma ideologia bem trabalhada, todas as tensões sociais eram canalizadas para a questão anti-semita.

Em 1933, foi aprovada uma lei que deixava os judeus fora da proteção da legislação. Dessa forma, os mesmos passaram a ser presos de forma legal e confinados em campos de concentração sem nenhum motivo. No fim da Segunda Guerra Mundial, cerca de 6 milhões de judeus (dois terços da população da Europa) haviam sido mortos. O anti-semitismo é uma forma de hostilizar judeus e árabes, sem nenhum motivo a não ser o ódio, principalmente contra os judeus, cujo termo semita foi criado especialmente para se referir a eles. No decorrer da história, os perseguidos foram tratados de diferentes formas, nas diferentes épocas: no Mundo Antigo, na Idade Média e nos Tempos Modernos.

No Mundo Antigo, eram tratados com frieza. Os gregos, os romanos e os babilônios queriam impor seu domínio, seu idealismo e seus valores, como culto ao homem e seus tributos físicos aos prazeres mundanos. Eles tentaram expulsar D’us da vida dos judeus, proibindo-os de praticar seus cultos religiosos e até destruindo alguns de seus templos.

Na Idade Média, a Igreja Católica, através das Cruzadas (primeira grande manifestação do anti-semitismo medieval), e a inquisição foram as maiores patrocinadoras desse profundo ódio e total intolerância aos judeus. Elas queriam impor seus ideais e suas crenças como a única opção entre viver ou morrer ( na fogueira foram queimados volumes de livros sagrados e milhares de judeus perseguidos foram jogados às chamas, assistidos pelo povo, que testemunhava esse ato de crueldade). A Igreja acreditava que eles eram responsáveis pela morte de Jesus Cristo.

Em Tempos Modernos, o anti-semitismo só apareceu a partir do século XIX, junto aos ideais nazistas. O Nazismo, que abraçou a Alemanha e levou multidões ao desejo fanático e insaciável de criar uma “raça pura” movidas pelas idéias de um único homem, Adolf Hittler, que foi capaz de exterminar milhões de judeus, além de negros, ciganos,etc. Mas só a morte não era o bastante.

Antes de matá-los, os nazistas os torturavam ao longo dos infinitos corredores da morte, entre o caminho que os levava dos vagões de trem até os campos de concentração, às filas para o banho (câmaras de gás) e às experiências jamais imaginadas por um ser humano que outro ser humano fosse capaz de realizar com seus semelhantes. [2]

  1. O Integralismo foi o introdutor do anti-semitismo no Brasil?

Por Sérgio de Vasconcellos

Em artigo anterior, “Gustavo Barroso, racista?”, provei de forma definitiva que Gustavo Barroso jamais foi racista. Vou dar prosseguimento às investigações históricas, abordando outra arraigada fantasia dos “historiadores” que se dizem especialistas no Movimento  Integralista: O Integralismo seria o introdutor do anti-semitismo no Brasil. Ora, não teria existido anti-semitismo em nossa Pátria antes de 1932?…

O primeiro Livro Integralista que abordou o anti-semitismo foi o célebre “Brasil, Colônia de Banqueiros”, de autoria de Gustavo Barroso que, como demonstramos no Artigo citado, não é uma Obra de cunho racista, muito pelo contrário, pois, por mais surpreendente que isso possa parecer hoje, o anti-semitismo adotado por Barroso era uma posição anti-racista, porque pretendia impugnar o que ele entendia ser o racismo judaico. Este importantíssimo Livro, que denuncia a exploração do Brasil pelo Banqueirismo Internacional, foi publicado pela primeira vez em 1934, tendo se tornado um sucesso editorial, atingindo oito edições sucessivas até 1937. Antes de ser publicado, ele constituíra o conteúdo de uma Conferência, pronunciada pela primeira vez em Outubro de 1933 e repetida diversas vezes até Janeiro de 1934. Portanto, o próprio Integralismo já tinha um ano de idade quando Barroso divulgou seu candente libelo.

Ora, em Fevereiro de 1934, Affonso Arinos de Mello Franco, publicou o hoje raríssimo “Preparação ao Nacionalismo”, obra completamente anti-semita. Terá Mello Franco sofrido alguma influência de Barroso? A comparação entre os dois Livros deixa claro que, enquanto Barroso limita-se a questão dos Empréstimos Externos, sem nenhum caráter racista, o de Affonso Arinos é um trabalho racista, anti-judaico do início ao fim. De mais a mais, como o próprio Mello Franco admite, sua Obra ou a maior parte dela já estava pronta em Junho de 1933, ou seja, vários meses antes de Barroso preparar a sua Conferência. Assim, existe uma Obra claramente racista e anti-judaica anterior a de Barroso.

Todavia, em 1933, foi publicado o “Israel sem Máscara”, de Witold Kowerski. Não há informação exata em que momento do ano foi editado o volume, mas, o próprio Autor data o prefácio de Maio de 1933, e, por referência interna, ainda escrevia o livro em Setembro de 1933. Evidentemente, nenhuma influência de Barroso, cujo trabalho é de Outubro, e o cotejo com o de Affonso Arinos mostra uma outra abordagem, não obstante o seu nítido caráter racista e anti-judaico. Agora, são duas as Obras anti-semitas anteriores a Barroso. Ainda no ano de 1933, foi traduzido para o português o famoso “O Judeu Internacional”, atribuído a Henry Ford, e publicado pela Globo, de Porto Alegre. Também aqui não é possível precisar o momento exato da impressão, porém, em Maio de 1933, o já citado Witold Kowerski dá a Obra como publicada, logo, só pode ser no período entre Janeiro e Maio de 1933. Terceiro volume anti-judaico antes de Barroso. Também em 1933 publica-se uma tradução dos controvertidos “Protocolos dos Sábios do Sião” – esta tradução não deve ser confundida com a de Gustavo Barroso, que é de 1936 – , que segundo o renomado jurista Anor Butler Maciel, em seu Livro “Nacionalismo – O Problema Judaico e o Nacional Socialismo”, foi lançada antes de “O Judeu Internacional”. Agora, já são quatro, todos anteriores a Barroso…

Em 1931, a consagrada Livraria do Globo, de Porto Alegre, publica um clássico, “As Forças Secretas da Revolução – Maçonaria e Judaísmo”, do erudito Conde Léon de Poncins. Friso o ano, 1931, portanto, antes mesmo da Fundação do Integralismo, em Outubro de 1932. E até aqui já são cinco livros não Integralistas e todos anteriores a Barroso. No mesmo ano de 1931, o Padre Theophilo Dutra publica “As Seitas Secretas”, notável estudo sobre a maçonaria, com dois capítulos inteiramente dedicados aos judeus e a cabala, onde a inspiração judaica na maçonaria é destacada. É a Sexta Obra anterior a de Barroso.

Cada uma das Obras citadas aborda o judaísmo numa perspectiva diferente da de Gustavo Barroso e todas com antecedência cronológica. Constata-se assim, documentalmente, que não cabem a Gustavo Barroso e ao Integralismo, a primazia neste gênero de estudos. E assinalo que só levantei alguns poucos títulos, e nem fui pesquisar o que se dizia a respeito na Imprensa. Quem sabe algum “pesquisador” resolva fazer juz ao seu título acadêmico e pesquise o anti-judaísmo no jornalismo daquele período… Saliento que, o primeiro Periódico Integralista passa a circular em Dezembro de 1933, porém, trata-se do “Monitor Integralista”, órgão oficial de restrita circulação interna.

A Imprensa Integralista só surge de fato em 1934, com “A Offensiva”, o primeiro periódico do que seria uma vasta cadeia jornalística, cobrindo todo o Território Nacional. Consequentemente, o Jornalismo do Sigma, não teve qualquer participação no surgimento do anti-judaismo em nosso País.

Mas, forçoso é reconhecer que não é possível que, do nada, Editoras diversas, em pontos diferentes do País, resolvessem publicar títulos anti-judaicos. Sendo uma indústria, que visa lucro, tais Editoras apenas atenderam uma demanda insatisfeita. Explico-me: Até então, o francês era a Segunda língua das classes cultas do nosso País, e em tal idioma, existia – e ainda existe – uma vastíssima literatura anti-judaica (até o incorreto termo anti-semitismo é da criação de um francês, o Conde de Gobineau), e que circulava abundantemente no Brasil.

No entanto, em nossa Língua Pátria, pouco se explorara o tema: Uma Palestra de Eduardo Jacobina, em 1917, e artigos do Conde Carlos de Laet, Dom Silvério Gomes Pimenta e outros durante a mal denominada “Questão Religiosa”(sessenta anos antes do surgimento do Integralismo!). A indústria editorial, portanto, tão somente atendia a procura por títulos neste assunto, ou seja, já existia uma parcela da Opinião Pública interessada, ou melhor, em outros termos, um Mercado Consumidor para este gênero literário, Mercado este que se formou ao longo dos anos, quando o Integralismo ainda não existia.

Não se deve olvidar que tal Mercado ou Corrente de Opinião anti-judaica foi incrementada, principalmente nos Estados do Sul, com a presença, desde a década de 20, do Partido Nazista, que fazia ampla campanha de proselitismo. O racismo era parte da ideologia hitlerista, particularmente, o combate irracional aos judeus. Ainda em 1933, o renomado economista alemão, Gottfried Feder, um dos líderes do nazismo, teve seu livro, “As Bases do Nacional Socialismo” traduzido e publicado. Eis uma sétima Obra anterior a de Barroso. Assim, chega-se a conclusão de que o Integralismo não é criador do anti-judaismo entre nós, e mais ainda.

Paradoxalmente, Gustavo Barroso representa uma reação à literatura anti-semita que circulava no Brasil, que era francamente racista, enquanto Barroso deixava claro que sua crítica era de cunho anti-racista, denunciando um suposto racismo judaico, como vimos em Artigo anterior. Ou seja, ao reduzir os termos em que colocava o problema, condenando o racismo e recusando-se a criticar a Religião judaica, limitando-se a criticar a atuação política e econômica da Colônia Judaica – crítica que só poderia atingir a pequena parcela dos Grandes Capitalistas de tal Comunidade -, o nosso Gustavo Barroso estava fazendo uma sutil e brilhante defesa dos Judeus Brasileiros.

É espantoso, mas, pode-se dizer que Barroso, apesar de parecer nos seus Livros um panfletário anti-semita, era, na verdade, um defensor do Judaísmo Brasileiro, e mais ainda, graças a mudança de paradigma na abordagem da então chamada “Questão Judaica” – da crítica racista aos judeus para a crítica à atuação política e econômica de alguns judeus – e ao prestígio do seu nome e a força do Integralismo, Gustavo Barroso impediu que se formasse entre nós um racismo anti-judaico, inteiramente alheio à Tradição Brasileira, e que estava surgindo no Brasil por influência de uma Literatura Estrangeira, a Literatura Anti-Judaica Européia.

Finalizando, entendo que Gustavo Barroso tem sido uma das figuras mais injustiçadas na História Contemporânea do Brasil, pois, é apontado como uma racista anti-semita, quando, de fato, foi um defensor dos Judeus, um campeão na luta contra o racismo. De acordo com a conclusão desta investigação, simples, porém, totalmente alicerçada em fatos e documentos, a Colônia Judaica do Brasil deveria erguer um Monumento a Gustavo Barroso, pois, graças a ele e ao Integralismo, o anti-semitismo racista não se enraizou entre nós. Fica aí a sugestão. Respondo a pergunta que encima este trabalho: NÃO, o Integralismo não é introdutor do anti-semistismo em nosso País. Na verdade, o Integralismo é o responsável por não existir um racismo anti-semita no Brasil. Anauê! [3]

  1. MEC, MP, PF, SBPC e Senado reagem contra discriminação na UFSM

A solicitação, pela Reitoria da Universidade Federal de Santa Maria, de uma lista com nomes de alunos e professores de origem israelense, continua causando indignação e reação em diversos setores da sociedade brasileira. Referida lista foi pedida por entidades sindicais e estudantis, além do Comitê Santamariense de Solidariedade ao Povo Palestino. A UFSM alegou, como razão para atender ao pedido, a Lei de Acesso à Informação. Após a divulgação da notícia, na semana passada, a Conib e a Federação Israelita do Rio Grande do Sul (FIRS) publicaram notas de repúdio à postura da universidade, e o caso ganhou destaque na mídia brasileira e em Israel.

O Ministério das Relações Exteriores considerou a iniciativa da UFSM “horrível e racista”. Os sites do Haaretz e i24News destacaram o caso, mencionando a reação da Conib. Na sexta-feira, 5 de junho, o MEC publicou nota em que informa que apurará as responsabilidades no caso e reitera “enfaticamente” seu desacordo com qualquer tipo de discriminação e preconceito.

“A história nos reporta lamentáveis fatos de pessoas que morreram vítimas de preconceitos de toda natureza, inclusive no Brasil. Por outro lado, muitos lutaram e ainda lutam para vencê-lo, de modo que todo este empenho de nossa sociedade não pode ser esquecido ou descartado”, afirmou o ministro Renato Janine Ribeiro. Leia a nota na íntegra. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal também abriram investigação sobre a discriminação contra israelenses.

Nesta semana, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) publicou nota em repúdio à discriminação na UFSM. “Lembramos a V. Mag. [o reitor] que o Brasil é um país onde todos os povos com suas diferentes crenças convivem em harmonia. Essa solicitação, encaminhada pela universidade da qual o senhor é o representante maior, traz indignação a todos nós da comunidade acadêmica. Entendemos que a vida acadêmica deva ser referência na promoção de tolerância e respeito à diversidade, combatendo toda e qualquer forma de discriminação”. A SBPC afirmou:

“A comunidade acadêmica, docentes e estudantes, exigem um pedido de desculpas público, garantindo que nossos espaços universitários sejam locus de diversidade e valorização da mesma”. Leia a nota na íntegra.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), por sua vez, apresentou requerimento para a aprovação de voto de repúdio à “atitude antissemita” da UFSM. “Tal atitude é absolutamente inescusável e não tem sequer o mais frágil lampejo de legalidade. Pelo contrário: malfere frontalmente a nossa Carta Constitucional, que zela pelo tratamento isonômico entre todos os cidadãos brasileiros e veda claramente práticas discriminatórias por raça, cor, credo, sexo e mesmo procedência nacional”, afirma o senador.

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal publicou nota em que afirma que cabe à UFSM a iniciativa de adotar as medidas necessárias para reparar equívocos na condução do tema. A CDHM está empenhada em fortalecer o diálogo com a comunidade judaica. Na noite desta terça, 9 de junho, a diretoria da FIRS atendeu a pedido do reitor da UFSM, Paulo Afonso Burmann, recebendo-o em visita.

Ele manifestou seu ponto de vista sobre o episódio. A FIRS ratifica que “se mantém firme na sua decisão de acompanhar os inquéritos policiais e ações penais na busca da responsabilização das pessoas que praticaram o ato de discriminação”. Uma campanha de abaixo-assinado, lançada pelo advogado Carlos Roberto Schlesinger, presidente da Associação Nacional de Juristas Brasil-Israel, é dirigida ao ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, e solicita o afastamento do reitor e do pró-reitor da UFSM. …

Deputado pede em plenário “ações enérgicas” contra reitoria da UFSM – Em pronunciamento feito na tarde desta quarta-feira, 10 de junho,no plenário da Câmara Federal, o deputado Sergio Zveiter pediu “ações enérgicas, inclusive nas esferas penais, e aprovação de moção de repúdio” para coibir práticas como a “atitude antissemita” da reitoria da UFSM. O deputado lembrou que a Constituição dá garantias fundamentais aos brasileiros e estrangeiros residentes no país e referiu-se especificamente à Lei 7.716/89, que criminaliza a discriminação por raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Para Zveiter, o pró-reitor da UFSM, Schlosser “extrapolou todos os limites da razoabilidade, em atitude repulsiva”. [4]

Fontes: [1] Wikipedia – http://mp3tubetoolbarsearch.com/?tmp=toolbar_mp3tube_homepage&prt=pinballtb04ff&clid=f779cea4599d48e4b83804b839ea3121&subid=

[2] Cultura Hebraica, por Leonardo Ferreira, natural da Cidade do Rio de Janeiro, é formado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso – FACHA, e é aluno no Essex County College, no Condado de Essex, em Nova Jersey, Estados Unidos. Casado com uma cidadã israelense, o casal possui uma filha, nascida nos EUA, e são membros do Temple Beth-El of Jersey City (www.betheljc.org), cuja congregação foi fundada em 1864. http://culturahebraica.blogspot.com/2010/06/o-que-e-anti-semitismo.html [3] Integralismo, 08 de set de 2010,  http://culturahebraica.blogspot.com/2010/06/o-que-e-anti-semitismo.html [4] Boletim Informativo da Confederação Israelita do Brasil,10/06/2015, Boletim Conib boletim@conib.org.br por  npniumpost.com

Coordenador: Saul Stuart Gefter



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