Os judeus de origem sefardita, geralmente cristãos novos em Portugal que se refugiaram nos Países Baixos e posteriormente no Brasil
Holandês, após a reconquista das capitanias de Pernambuco, Itamaracá, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará pelas forças luso-brasileiras, tentaram fugir das garras sedentas da inquisição que acompanhava a reconquista. Era necessário fugir. Alguns optaram por retornarem aos Países Baixos. Outros partiram em direção a pequena ilha que viria a ser Nova York um dia. O que chama mais a atenção, por sua vez, é o refúgio que muitos encontraram no sertão nordestino. Segundo Neto:
![Cara do livro: Arrancados da terra: Perseguidos pela Inquisição na Península Ibérica, refugiaram-se na Holanda, ocuparam o Brasil e fizeram Nova York](https://sinagogashaarei.org/wp-content/uploads/2022/01/20210314182544_6326993674_DZ-203x300.png)
“Após a reconquista portuguesa do Recife, muitos judeus e cristãos-novos convertidos ao judaísmo no Nordeste brasileiro não puderam ou não quiseram partir do país. Embrenharam-se sertões adentro. Retornaram ao catolicismo ou desenvolveram alguma espécie de cripto judaísmo, longe do litoral e dos olhos dos espiões do Santo Ofício. Fato que não impediu, nos nos seguintes, que alguns deles fossem apanhados e enviados a Lisboa, como atestam os processo nos arquivos da Torre do Tombo, em Portugal.Há indícios de costumes judaicos diluídos na cultura popular nordestina, a exemplo de rituais fúnebres de lavagem de defuntos, sepultamentos em terra limpa (em simples mortalhas, em vez de caixões), pedras postas sobre o túmulo, águas derramadas do pote de barro no caso de falecimento de algum morador. Há quem identifique ainda resquícios judaicos mesmo na prática sertaneja de não varrer o lixo da casa em direção às portas da rua. Seria um vestígio da obrigação de não profanar o mezuzá, o rolo de pergaminho com versículos bíblicos afixados no umbral da entrada do lar judeu. Especula-se até mesmo que o modo rural de abater galinhas – degolando-as ainda vivas, com um único golpe, deixando o sangue escorrer para depois ser enterrar no chão – guarda alguma relação com os princípios da Kashrut, as leis alimentares prescritas pela Torá. Dissolvidos no imaginário coletivo, tais hábitos perderam a função original, embora continuem a ser praticados em nome de uma tradição da qual não se conhece os sentidos de origem” (P.304-5)
NETO, Lira. Arrancados da terra. Perseguidos pela Inquisição na Península Ibérica, refugiaram-se na Holanda, ocuparam o Brasil e fizeram Nova York. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
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O sobrenome Estrela tem alguma ligação com os Judeos do Brasil?
Respondendo sua pergunta, a resposta é sim. Segundo o livro Dicionário Sefaradi de Sobrenomes, o seu sobrenome é de origem sefardita, tendo sido encontrado registros de judeus com este sobrenome na cidade de Covilhã, em Portugal. Também foi encontrado registro de judeus com os sobrenomes “de Estela” e “Estelha” nas cidades de Covilhã, Guarda, Vila Real, Lamego e Toledo, sendo esta última cidade na Espanha. Os mais antigos registros são posteriores ao ano de 1492. Há uma relação deste sobrenome com a região da Serra da Estrela, em Portugal, que é um acidente geográfico que domina a região onde estão as cidades de Covilhã, Belmonte (famosa judiaria portuguesa) e Guarda.
Por fim, agradecemos sua participação e recomendamos a obra para descobrir mais fatos maravilhosos sobre a nossa história.
“I ki tengamosh todos mosotros una semanada buena i klara.”
Tenho interesse no histórico de minha família. Araújo. Lima. Lôbo. Netto.
Agradecemos o seu comentário e sua participação.
Infelizmente, não realizamos pesquisas genealógicas em nossa esnoga devido à falta de profissionais especializados entre nossos filiados.
Entretanto, existem registros de sobrenomes sefarditas de todos os citados pelo senhor. Por outro lado, apenas o sobrenome é insuficiente para determinar de forma confiável a ascendência judaica sefardita, dado o alto grau de miscigenação e pela histórica prática de adoção de sobrenomes, que foi muito comum aqui no nosso País.
Para haver uma confirmação, se faz necessário a realização de pesquisa genealógica, preferencialmente com profissionais especializados.
Se desejar maior detalhamento nessa pesquisa, recomendamos a excelente obra DICIONÁRIO SEFARADI DE SOBRENOMES, de autoria de Gilherme Faiguenboim, Paulo Valadares e de Anna Rosa Campagnano, editado pela Editora Sefer. Certamente o senhor se surpreenderá com o detalhamento da pesquisa e certamente dará elementos muitos importantes para iniciar uma pesquisa genealógica.
Olá! Minha família é oriunda do Rio Grande do Norte e tem esses costumes herdados dos cristãos novos. O mais curioso deles é a mudança de sobrenome, que só parou lá para a década de 1940. Meu sobrenome e o da família é Alves, mas já foi: Macedo, Lopes, Amaral, Santos…
Eu vou ler a obra, porque muito me interessa a temática, afinal é a minha história. Obrigada por compartilhar esse trabalho e reconhecer essa parte esquecida.
Agradecemos o seu comentário e sua participação.
De fato, existem registros de sobrenomes sefarditas de todos os citados pela senhora. Entretanto, apenas o sobrenome é insuficiente para determinar uma ascendência judaica sefardita, dado o alto grau de miscigenação e pela histórica prática de adoção de sobrenomes, que foi muito comum aqui no nosso País.
Para haver uma confirmação, se faz necessário a realização de pesquisa genealógica, preferencialmente com profissionais especializados.
Se desejar maior detalhamento nessa pesquisa, recomendamos a excelente obra DICIONÁRIO SEFARADI DE SOBRENOMES, de autoria de Gilherme Faiguenboim, Paulo Valadares e de Anna Rosa Campagnano, editado pela Editora Sefer. Certamente a senhora será surpreendida com o detalhamento da pesquisa e certamente dará elementos muitos importantes para iniciar uma pesquisa genealógica.
Carvalho do Nordeste são de origem judaica?
Como faço para conveter só judaísmo? Já que acredito no antigo testamento e lei mosaica e quero segui-la
BOA NOITE. e
Estou buscando informções sobre informações da família de BELIZIO GALDINO RIBEIRO(meu avô materno), naturl do Estado da PARAIBA, falecido em 1956, casado com DELFINA FERNANDES DE SOUZA, também do Estado da PARAÍBA. Como se sabe o sobre nome Ribeiro, era originalmente COHEN(judeu ou cristão novo no Brasil), sendo transformado no periodo da inquisição em Portugal. Meu avo tem parte Italiana(Galdino) e Judia(Ribeiro) no sobre nome. A maior prte de seus descendentes e católica ou católica não praticamente, com muitos costumes e supertições judaicas. Estou en busca de documentos que me leve a Cidadania Portuguesa ou Espanhola pela VIA SERFADITA.
OBS. Solicito ajuda, estou tendo dificuldades para fazer a PESQUISA DE GENEALOGIA NOS SITES DE BUSCA.
Sr. Alcides Galdino, shalom.
Informamos que a aquisição de cidadania portuguesa pela via sefardita infelizmente foi encerrada em 31 de dezembro de 2023 pelo Governo Português. Atualmente apenas correm os processos que deram entrada até o limite daquela data. Desejamos sorte em sua busca.
Se alguem, descendente da Familia Galdino RIBEIRO(nordeste do Brasil) tiverem maiores informações , solicito publicar neste SITE.
Se alguem descendente dos RIBEIRO ou COHEN(sobrenome transformado para Ribeiro na Inquisição) ( NORTE OU NORDESTE DO BRASIL), solicito publicar neste SITE as informações.
Boa noite. Sou Ribeiro e tenho Malaquias dos meus avós, bisavós. Resido no Piauí.
Busco informações relativas a minha ascendência judaica. Venho da família Malaquias e Ribeiro, Alves e Barros.
Sr. Marcelo, obrigado pela sua participação.
A realização de uma pesquisa genealógica para localizar antepassados judeus pode ser uma tarefa fascinante e detalhada, entretanto podem surgir alguns obstáculos decorrentes da lamentável prática de destruição de documentos judaicos que ocorreram em diversas ocasiões ao longo da História. Entretanto, acreditamos que essa pesquisa é importante e pode trazer surpresas agradável para quem se entrega a esta aventura.
Aqui estão alguns passos para começar:
1. Reunir Informações Iniciais: Coletar documentos de família, entrevistas com parentes e registros pessoais.
2. Sites de Genealogia: Utilizar sites especializados como Ancestry.com, MyHeritage, e JewishGen, que possuem vastos bancos de dados de registros judaicos.
3. Registros Judaicos: Procurar registros específicos como Qetuboth (contratos de casamento), listas de cemitérios, registros de sinagogas e arquivos de imigração.
4. Arquivos e Bibliotecas: Visitar arquivos históricos, bibliotecas, e museus que possam ter coleções específicas sobre a história judaica.
5. Teste de DNA: Considerar testes de DNA que possam revelar conexões genealógicas e ancestrais específicos.
6. Organizações Judaicas: Entrar em contato com sociedades históricas judaicas e outras organizações que possam oferecer recursos e orientação.
Para começar, você pode visitar sites como [JewishGen](https://www.jewishgen.org/) e [Ancestry](https://www.ancestry.com/).