- Introdução – Como merecer o perdão – Minha alma é Tua e [meu] corpo é Tua obra, portanto tem piedade de Tua própria obra. Sim, a alma é Tua e o corpo é Teu, ó D’us, age pelo bem de Teu grande Nome. (Selichot) Como podemos merecer o perdão de D’us? Arrependendo-nos sinceramente dos erros cometidos, e tomando a resolução de não repeti-los. Mas como essas promessas logo são esquecidas, devemos fazer mais que apenas tomar resolucões. Devemos tomar uma atitude para impedir-nos de transgredir a Divina vontade. Se pudermos reconhecer que somos a bela obra de D’us, como de fato somos, esta percepção pode nos impedir de fazer coisas que estão abaixo de nossa dignidade. Rezemos, então, para que possamos saber quem somos e o quê somos, pois esse conhecimento pode orientar nosso comportamento, e então poderemos merecer o perdão. [1]
- O Perdão é uma perda muito grande – Por Paulo Blank 10/09/2010 – Benjamim Mandelbaum autor deste artigo, tem sido uma das maiores perdas da minha vida. Morreu fazem já alguns alguns anos. Fomos amigos e companheiros durante mais de trinta deles. Era pessoa original que conseguia como ninguém juntar várias dimensões de sua vida em uma prática judáica autêntica e livre. Imaginem que na foto que ilustra a capa do livro “Os carbonários” do Alfredo Sirkis, o Benjamim é o cara que aparece atirando uma pedra num PM em uma passeata de estudantes. Psiquiatra, psicanalista,estudioso de filosofia, da mística e da cabala,sempre foi um homem mergulhado no seu tempo. Se vivo fosse,tenho certeza,estaria conosco na empreitada do Judaismo Humanista. Encontrei esta maneira de fazer o meu Mazkir Neshamot dedicado ao grande amigo trazendo-o para junto de nós neste primeiro artigo de outros tantos que espero publicar.
Dizia Hellio Pellegrino que um homem só morre totalmente quando deixamos de falar dele. Assim,ambos, Helio e Benja,permanecerão vivos entre nós por mais alguns momentos.
21/08/00 Por Benjamin Mandelbaum Z”L – As palavras têm vida própria, que vai muito além de sua etimologia e significado. Para nos contactarmos com esta vida precisamos abrir o coração. Isto pode ser feito, baseando-se na tradição hassídica, dançando e cantando com as letras. Sabemos que o hebraico é uma língua sagrada em sua essência.
Mas não impede, muito pelo contrário, que possamos sacralizar outros idiomas, que longe de ser uma profanação, trata-se de reconhecer a própria presença divina, Schechiná, em tôdas as línguas. Para além da lógica formal, o sentido só pode ser encontrado através do próprio sentido.
A palavra perdão poeticamente pode ser tomada como aumentativo, um perdão, nos apontando para uma grande perda. Que perda é essa? é a perda da ilusão de perfeição. Só se pede perdão, ou se é pedido, através da admissão do erro, do engano, do equívoco, da falha ou do mal feito. Desse modo, o perdão é a fragmentação narcísica, quando a imagem de perfeição se parte em cacos, como a Schevirá. Quebrando a idealização da imagem onipotente do ego se revela a essência verdadeira do ser. O perdão é o parto de si . É preciso o desapego ao ego para chegarmos verdadeiramente a si, ao self. No perdão as perdas dão cria.
Aprendemos com a Cabalá a encarar a necessidade da perda. Na própria criação do universo, o Tzim-Tzum é a perda necessária, que se dá por contração divina, para que o Ayn, o Nada, seja criado, abrindo espaço para o Sem Fim de Ayn Sof e sua Luz Sem Fim, Ayn Sof Aor, iluminarem a Árvore da Vida na constituição do Any, o Eu do ser humano.
As perdas fazem parte da tradição judaica, no aprendizado de como lidar com elas. Antes de Yom Kipur, no dia 9 do mês de Av, relembra-se grandes perdas. Desde a destruição dos Templos Sagrados, dos diversos sacrifícios humanos, dos vários desterros , inquisições e holocaustos. Trata-se de um verdadeiro processo de despojamento, que se intensifica até chegarmos ao dia do Yom Kipur, dia da ex-piação, purificação. Nos dias intensos revemos perdas, realizamos rituais de purificação, como o Tachlich ou da Capará, que visam a obtenção do perdão ex-piatório purificador no dia santo. A vivência do dia mais intenso é primariamente de mortificação do corpo na afirmação que a vida se alimenta de vida. A grande imagem egóica sofre no período de 24 horas de jejum um processo de retificação, realizando um Tikun à sua verdadeira dimensão. O corpo físico se afirmando pela sua negação se descobre como resultante de um ato do amor divino. Teshuvá é retorno do Any ao Ayn.
Na tradição de quebrar o copo na cerimônia do casamento encontramos laços partidos presentes nos novos laços unidos. No momento de alegria intensa da união, contatamos também com as nossa perdas, como na partida dos filhos de seus lares paternos ou de pessoas que não estariam ali presentes. Não se trata de um masoquismo, mas de uma polarização dos momentos de perdas e ganhos. Lembrar da tristeza no momento maior de alegria é para que nos momentos que houver o predomínio da tristeza da perda possamos elaborá-la e lembrarmos da nova união que ela encerra e que prenuncia a alegria Vindoura. O problema não é a perda mas o que fazemos com ela. Realizá-la e encará-la com humildade ao invés de humilhação é o aprendizado básico do processo de aceitação para transmutá-la, tal como na reverência do Cadish, a prece do luto pela perda de um ente querido, que é um hino de louvor e exaltação a D”s que ameniza a nossa dor.
Este jejum purificador é piedoso e diferente de alguma outra prescrição de jejum, como a de um ato médico. É também um ato de fé coletivo e difere da mera restrição do jejuar sozinho em casa. A própria identidade do ser individual é ali colocada na sua dimensão cultural e comunitária, transcendente na espiritualidade, que culmina no Shemá com o toque do Schofar.
O Itzcór dos enlutados é uma das rezas mais assistidas deste dia, muito embora ela esteja presente também em outros dias santos. É que neste dia do perdão as perdas se evidenciam. Percebemos nossa pequenez cósmica. Somos cordas de areia no tempo.
Como é difícil pedir perdão! Certo Yom Kypur, após conseguir pedi-lo a D’s, percebi que ainda não o tinha dado a mim mesmo. Eu senti que Ele em sua clemência magnânima poderia até me haver concedido o perdão, mas eu não conseguiria recebê-lo, pois ao não me perdoar meu coração ainda estava fechado. Por isso temos o auxílio do som sagrado do Shofar, trombeta da alma para abrir as trancas do peito, não só as celestes, mas terrestres também como Josué fez para abrir os portais de Jericó, rumo a terra prometida.
Lembrei-me de meus tempos de jovem na sinagoga junto a meu pai, achando que aqueles que não compareciam nos serviços religiosos regulares, eram todos hipócritas, pois na semana seguinte já não estariam mais ali. Embora houvesse realmente uma certa dose de falsidade, hoje, talvez por me encontrar do outro lado, revejo a coerência total e absoluta que advogava então. A dificuldade do perdão residia na impossibilidade de prometer convicta e totalmente que não mais pecaria, o que não poderia fazê-lo em sã e sincera consciência.
O pedido de perdão, como ato de amor, só pode se dar apesar de. Não como promessa, mas como compromisso. Não é por outra razão que exatamente a primeira prece do Yom Kipur é o Kol Nidrei, que versa sobre todas as promessas feitas não cumpridas e das que vindouramente faremos. Paradoxal condição humana esta nossa que, sabendo-se imperfeita busca o aperfeiçoamento, mesmo sabendo que não atingirá a perfeição. É tão terrível aquele que vive preso ao seu sonho quanto àquele que não o possui ficando prisioneiro da realidade. No caminho do Dia do Perdão trata-se ainda de se verificar perdas, falhas e descontinuidades do re-ligare. A Teshuvá é arrependimento e retorno de uma contra-mão indevida.
Uma lâmpada que não voe ou apite obviamente não está com defeito, pois não é feita para isso, mas é sinal de sua própria imperfeição. Aceitarmos nossa própria humanidade em sua imperfeição é o primeiro estágio para podermos atingir o perdão. É o próprio amor que clama o perdão. Tal como a si mesmo, não é nenhum favor perdoar ao outro, já que nós mesmos lucramos imediatamente ao sentirmos, nossos corações e mentes mais leves. [2]
- Aprendendo o conceito judaico do perdão – O sacerdote carmelita e professor da Faculdade de Teologia da Universidade Pontifícia de Comillas (Madri) Fernando Millán considera que o pensamento judaico oferece um desafio positivo à idéia cristã do perdão. O professor Millán, que também é professor de universidades pontifícias de Roma, explica nesta entrevista concedida à agência Veritas que «o judaísmo moderno tem conservado alguns traços essenciais do perdão que nós (em certos momentos e em certas linguagens, inclusive com a melhor intenção) podemos descuidar». Concretamente considera que o conceito de «perdão» judaico poderia ajudar os cristãos a superar a tentação de «banalizar» o sentido do sacramento da reconciliação, superando a «crise dos confessionários».–Poderia explicar o conceito de perdão para os judeus? Por que é tão importante para eles?
–Fernando Millán: Em primeiro lugar, é preciso dizer que o conceito de perdão é muito importante não somente para o judaísmo, mas também para todas as religiões.
Mais ainda, é uma experiência tão essencial que (bem ou mal entendida) está presente em toda manifestação cultural, no debate político, na vida familiar, etc. No judaísmo, o perdão é concebido de forma muito similar à que temos os cristãos (não em vão nós herdamos deles, entre outras muitas coisas também a idéia do perdão). Talvez, e isto é do que eu costumo falar, o judaísmo moderno tenha conservado alguns traços essenciais do perdão que nós (em certos momentos e em certas linguagens, inclusive com a melhor intenção) podemos descuidar. Por isso, creio que pensadores como Vladimir Jankélévitch ou experiências como a que nos conta Simon Wiesenthal em sua obra El Girasol podem ajudar-nos a repensarmos nossa imagem do perdão, a imagem que às vezes se maneja na teologia e na catequese.
–Cre que o cristianismo –ou melhor, os cristãos– abandonaram esse conceito da conversão e que o conceito de perdão se converteu em algo, diríamos, “jurídico” (culpa, pena, etc.)?
–Fernando Millán: Creio que não. O crente que toma medianamente a sério sua fé está ouvindo falar quase constantemente de conversão e de perdão. O que talvez tem acontecido (ao menos em certos ambientes) é que por pregar um D’us misericordioso (como não podia se de outra maneira) temos esquecido que o perdão supõe um «retorno» para D’us, uma conversão. D’us perdoa sempre e perdoa tudo. Não há pecado tão grande que não possa ser perdoado e que D‘us não deseje perdoar, mas somente a aquele que queira ser perdoado e isto supõe uma série de elementos (eu não falaria de condições) como o desejo de reparar na medida do possível o mal cometido, o arrependimento sincero, a atenção delicada às vítimas de nosso pecado, etc. Se isto não é assim, o perdão se converte em outra coisa. Logicamente tudo isso tem sentido quando falamos de pecado no sentido forte (o verdadeiro pecado). Se não, este discurso converte-se em uma caricatura. Talvez nossa banalização do conceito de perdão venha de nossa banalização do conceito de pecado. Quando se chama pecado a qualquer coisa, ao final o verdadeiro pecado acaba por não ser tomado a sério…
–Alguns teólogos e pastoralistas falam de uma crise dos confessionários. Existe tal crise? Quais são as causas?
–Fernando Millán: Sim, existe, ainda que também é verdade que há grupos cristãos, comunidades, movimentos, etc., de diferente orientação que têm incluído muito bem estes elementos (iniludíveis) em seu caminhar e em sua vivência da fé, mas em termos gerais, sim, existe essa crise.
Os motivos são muito variados e muito complexos: desde uma perda do sentido de pecado em nossa sociedade (frase que às vezes é utilizada de forma um tanto desenfocada, mas que traz grande parte de verdade), a uma perda de valores e de referentes morais, assim como, por outro lado, a uma certa perda desafeição e falta de apreço por este sacramento na pastoral e na práxis cristã. Talvez também influencie essa banalização da qual falamos antes: quando um perdão se concede de forma rotineira, pouco significativa, sem conseqüências na vida real, etc., acaba sendo algo banal. Também a pobreza litúrgica e simbólica deste sacramento é já algo crônico (pese a esforços do novo ritual da penitência de 1974). Uma celebração (por chamá-la de algum modo) antiquada, invisível, quase momentânea não parece preencher muito. Em todo caso, insisto, as causas são muito complexas.
–O pedido de perdão do Papa João Paulo II pelos erros cometidos pelos cristãos na história, especialmente para os judeus, aproxima-se desta idéia de «conversão»?
–Fernando Millán: Creio que este gesto de João Paulo II tem uma grandeza enorme e tardaremos séculos até avaliá-lo devidamente. É certo que alguns crentes puderam sentir-se desconcertados, e inclusive houve quem se queixou de que ninguém pede perdão, só nós, cristãos, reconhecemos nossas culpas; pois, (valha a expressão) bendito seja D’us!
Por pedir perdão não se perde estatura nem dignidade, pelo contrário. Tampouco este gesto supõe olhar de forma negativa dois mil anos de história. O Jubileu foi sobretudo uma ação de graças por tudo o que a Igreja tem recebido ao longo desses anos e pelo que tem dado ao mundo… mas têm existido também infidelidades clamorosas, erros insistentes, descuidos lamentáveis… e disso o Papa, em nome de toda a Igreja, pede perdão a D’us. Creio que qualquer pessoa de outra tradição religiosa, se olha sem preconceitos este gesto de João Paulo II, vê no mesmo algo bonito e esperançoso.
–Que influência teve o holocausto para os judeus contemporâneos?
–Fernando Millán: Disse Jean Améry, pensador judeu que escreveu muito sobre esse tema, que a experiência do holocausto não é somente um shemá Israel, mas um shemá mundo. O mundo inteiro olha assustado a experiência do holocausto, experiência que (sem atribuir nunca mais valor à morte de um ser humano que de outro) teve algumas características tão especiais que a converteram em um «unicum» da história da humanidade. Pensemos, por exemplo, em que se tratou de uma morte sistemática, fria, burocrática, e de uma perseguição na qual não havia possibilidade de redenção (ainda que o judeu fosse alto e louro, ainda que fosse cristão, ainda que se filiasse ao partido nazista, estava induzido igualmente ao extermínio…). O holocausto deveria fazer-nos mais cautelosos, mais profundos em nossas análises políticas. Hoje que se fala com tanta superficialidade no mundo político, o holocausto é um alerta contínuo a nossas consciências e um aviso ético iniludível.
–Crê que a Shoá influiu no diálogo entre judeus e cristãos? Em geral, atualmente, a que ponto estão estas relações?
–Fernando Millán: É uma pergunta muito delicada. Não esqueçamos que o holocausto tem lugar em países cristãos, ainda que levado a cabo por uma ideologia fortemente anticristã. Por outro lado, o pensamento judeu não é unitário. Não existe um pensamento judeu único ou oficial. Neste sentido, creio que cristãos e judeus de boa vontade olhamos o holocausto com o mesmo estupor e horror. E olhamos também para o futuro. João Paulo II foi um Papa muito positivo neste sentido, e Bento XVI caminha pela mesma linha.
Se o cristianismo se mostra respeitoso e disposto ao diálogo com todas as religiões (sem que isso suponha aceitar tudo de forma não-crítica, sobretudo em certos casos), no caso do judaísmo isto se dá com mais clareza e inclusive com mais facilidade. Nossa relação com o judaísmo não é simplesmente a relação respeitosa entre duas religiões que caminham em paralelo, é muito mais: o cristianismo perde seus sentido se se esquece do judaísmo.
Tem sido muito repetida nesse sentido a frase de João Paulo II («os judeus são nossos irmãos mais velhos na fé») e realmente resume bem isto que estamos dizendo. [3]
III. Rav Kook – melhor falhar amando, que odiando – Rav Kook (Rabino Abraham Isaac Kook (1865-1935) foi o primeiro rabino-chefe Ashkenazi da Palestina britânica mandatória, o fundador das Yeshiva Merkaz HaRav, sionista, pensador judeu, Halachist, cabalista e estudioso da Torá de renome.
Amor e Perdão no Judaismo – Judeu Ortodoxo de Nova York perdoa publicamente seus agressores: Meu nome é Nochum Elek, sou judeu ortodoxo e psicoterapeuta. Sexta-feira passada fui assaltado na rua em que eu vivo, por razões desconhecidas para mim ou qualquer outra pessoa, com o melhor de meu conhecimento. Algumas pessoas pensam que foi um crime de ódio, outros uma iniciação de gangues e alguns contos estão girando por ai, tipo que sou proprietário de um negócio que não pagam seus trabalhadores ou mesmo um professor da Escola Pública odiado por seus alunos… … eu não tenho informações suficientes para chegar a uma conclusão sobre o incidente, além do fato de que era um ato de violência de um ser humano para outro, e eu acredito que isso é tudo que importa. Tudo o que acontece para nós tem um significado mais profundo. Rabi Nachman de Breslov diz que existem “mensagens ocultas em todas as coisas” – Deus se comunica conosco através dos fatos da vida cotidiana. O que eu preciso descobrir como judeu religioso e terapeuta é, o que é Deus me dizendo, e o que Ele quer que eu faça? Toda a minha vida eu tenho sido um defensor dos injustiçados, de outras etnias, religiões e estilos de vida. A primeira pergunta que fiz a meu atacante foi: “Por que você está fazendo isso?” Mas em sua fúria, ele não podia me ouvir e me bateu até que as pessoas vieram em meu socorro. Quando as pessoas tentam explicar que o ataque foi dirigido a mim como um indivíduo, eles estão evitando ouvir “a voz celestial que sai do Monte Horeb e chamadas: voltar para mim, filhos rebeldes …” Eles se recusam a se perguntar “de que maneira vamos compartilhar a responsabilidade por isso?” E o que podemos fazer para evitar isso no futuro? Um repórter me perguntou se” Eu queria ver mais policiais de vigilância em nossa comunidade”. Mas eu acho que a verdadeira resposta é que precisamos urgentemente construir pontes de compreensão mútua e respeito. Como vocês vêem. eu venho de uma tradição do perdão. Você tem o potencial de transformar sua vida em torno do bem. Faço votos de coração você possa encontrá-lo dentro de si mesmo para abraçar a vida e o mundo em que vivemos juntos, apesar de todas as dificuldades que você possa ter encontrado. [4] IV. Yom Kippur é o dia do perdão judeu – Dez dias após o ano-novo, os judeus comemoram o Yom Kippur, o Dia do Perdão (também chamado de Dia do Arrependimento), considerado o mais santo do calendário judaico. » Rosh Hashaná, o ano-novo do povo judeu. Segundo a tradição, o povo judeu, após ter saído do Egito, fez um bezerro de ouro e o adorou, comportamento proibido pelos mandamentos do judaísmo, que não permite a adoração de imagens. Moisés, que guiava o povo escolhido pelo deserto, havia subido no Monte Sinai e quando voltou, vendo o que os judeus haviam feito, rezou pedindo perdão a D’us. No dia dez do mês hebraico de Tishrei, os judeus alcançaram o perdão divino.
Para os judeus, esse é um dia em que todas as promessas de arrependimento, amor e amizade são seladas no plano divino. É nesse dia que os judeus têm a chance de se desculparem pelos maus atos e de pedir perdão à pessoa contra a qual cometeu alguma injustiça. Se o pedido for de fato sincero todo mal que foi cometido anteriormente é anulado. O Yom Kippur é o dia mais solene do ciclo festivo anual. Um dia dedicado à limpeza e recuperação da pureza espiritual através do jejum e celebrações religiosas. [5] |
Fontes:
[1] Tradição Judaica: http://tradicaojudaica.blogspot.com.br/2011/12/como-merecer-o-perdao.html
[2] Judaismo Humanista: http://judaismohumanista.ning.com/profiles/blogs/o-perdao-e-uma-perda-muito
[3] Comunidade Católica Shalom, ZENIT, 2006 – Entrevista com o professor Fernando Millán Romeral: http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=872
[4] Tropicasher – Escrito por Administrador: http://www.tropicasher.com.br/old/index.php?option=com_content&view=article&id=602:amor-e-perdao-no-judaismo&catid=48:cat-auto-ajudaica
[5] Redação Terra: http://noticias.terra.com.br/educacao/interna/0,,OI1897979-EI8266,00.html
Coordenador: Saul Stuart Gefter
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