Congregação Judaica Shaarei Shalom – שערי שלום

Tempo de leitura: 13 Minutos
  1. Introdução – Entre Rosh Hashaná e Yom Kipur, segundo a tradição judaica, D’us julga o mundo. É um período marcado por profunda reflexão e arrependimento e pelo compromisso de adotar condutas e posturas que nos tornem seres humanos melhores. Ao longo dos séculos, as várias comunidades judaicas ao redor do mundo adotaram diversos costumes – minhaguim, para este período. São costumes que, de modo geral, refletem a maneira pela qual tais comunidades vivenciam os chamados Dias de Arrependimento.

Segundo o Talmud de Jerusalém (Yerushalmi, Rosh Hashaná 1:3), “Quando uma pessoa está para ser julgada, normalmente veste roupas pretas e deixa sua barba crescer de forma desalinhada, pois desconhece qual será o seu veredito. Mas os judeus não se comportam desta maneira: vestem-se de branco, os homens aparam suas barbas e alimentam-se alegremente, certos de que D’us fará milagres por eles”. Esta passagem talmúdica dá um tom otimista ao período das Grandes Festas (Rosh Hashaná e Yom Kipur), no qual os judeus estão felizes e confiantes. A Guemará (Taanit 26b e 30b) segue a mesma linha conceitual, afirmando que Yom Kipur é um dos dois dias mais felizes do calendário judaico. Mas, neste período, há diferenças entre os costumes mantidos pelas comunidades judaicas.

Roupa Branca x Preta – Várias comunidades sefaraditas do Oriente Médio, por exemplo, mantêm a antiga tradição de usar roupas brancas em Yom Kipur. Para os judeus desta origem a conotação de pureza dos tons claros dá um espírito de otimismo e de purificação a Yom Kipur. No entanto, judeus de outras comunidades, tanto sefaradim como ashquenazim, usam trajes escuros assim como fazem no Shabat. Estas comunidades provavelmente adotaram o uso de roupas escuras por duas razões: A primeira é que os judeus dessas comunidades simplesmente adotaram roupas comuns a seus países de origem, pois o clima em vários países europeus era mais frio do que no Oriente Médio e as roupas escuras eram mais apropriadas. Em segundo lugar, porque roupas escuras são sinais de luto e refletem a seriedade e solenidade do Dia do julgamento.

Outra prática ashquenazita muito difundida em Yom Kipur é o uso pelos homens de uma túnica branca chamada kitel. Segundo o Sêfer Ra’avyah, tal costume pode ter-se originado no conceito de que em Yom Kipur nós nos parecemos com os anjos.

Usar o kitel reflete nossa pureza espiritual nesse estado elevado. O Remá (Shulchan Aruch, Orach Chayim 610:4), por sua vez, afirma que o kitel é parecido com uma mortalha e a lembrança da morte, através da túnica, remeteria ao arrependimento. Essas explicações refletem duas maneiras opostas de entender esta prática. De acordo com Sêfer Ra’avyah, o kitel reflete pureza e otimismo, enquanto que, segundo o Remá, esta vestimenta deve despertar o medo mortal do julgamento, dando-nos, com isso, a dimensão da intensidade do dia.

A melodia de Yom Kipur – A melodia das orações também varia de acordo com as comunidades. A melodia ashquenazita que permeia as orações deste dia, desperta o temor e o medo do Yom ha-Din, Dia do Julgamento, evocando uma necessidade de apagar os erros do passado. A melodia sefaradita, no entanto, tem vários tons mais alegres, denotando uma atitude mais positiva no sentido de se melhorar a conduta. Os dois serviços religiosos despertam sentimentos de arrependimento, mas de formas diferentes. Um judeu ashquenazita que ouvir algumas melodias sefaraditas poderá ter a impressão de que a alegria da música não é apropriada para Yom Kipur. Um judeu sefaradita, por sua vez, ao escutar a melodia ashquenazita, poderá surpreender-se com a sua falta de entusiasmo. No entanto, as duas expressões são coerentes com os diferentes temas do dia e com a maneira pela qual cada comunidade o vivencia.

Isto se reflete também na oração de Unetanê Tokef, que evoca fortes emoções de temor pelo julgamento, e que é recitada somente pelos ashkenazim, sendo um dos momentos mais solenes do dia.

Selichot: dez ou quarenta dias? Tradicionalmente, Yom Kipur celebra o perdão pelo pecado do bezerro de ouro cometido pelos judeus. O recebimento da Torá representa simbolicamente o “casamento” entre D’us e o povo judeu e é descrito de forma poética por muitos sábios. O bezerro de ouro simbolizou, então, a infidelidade de Israel diante de D’us.

Desde o início do mês de Elul até Yom Kipur – um período de quarenta dias – Moisés ficou nos céus orando e pedindo perdão pelo povo, visando reatar a relação com D’us até que, em Yom Kipur, suas preces foram aceitas. Por esta razão, os sefaradim costumam recitar as Selichot durante quarenta dias. Ao fazê-lo, admitem sua culpa e se arrependem por seus pecados. É a procura pelos fiéis do amor de D’us, como se percebe na alusão que há no próprio nome do mês de Elul, que é o acróstico de Ani Ledodi Vedodi Li“Eu (Israel) pertenço a meu amado (D’us) e meu amado (D’us) pertence a mim (Israel)”.

Por outro lado, os ashquenazim costumam recitar as Selichot a partir da noite do sábado anterior a Rosh Hashaná, pois deve haver pelo menos quatro dias de Selichot antes de Rosh Hashaná. Esta prática está ligada ao fato de os judeus religiosos costumarem dizer Selichot e jejuar durante os Dez Dias de Arrependimento. Uma vez que em quatro desses dias é proibido jejuar (nos dois dias de Rosh Hashaná, no Shabat Shuvá – o sábado do retorno, do arrependimento – e na véspera de Yom Kipur), então, acrescentou-se um período mínimo de quatro dias precedentes a Rosh Hashaná. Os que não jejuam, recitam as orações de Selichot.

Vidui (confissão) – Alguns sefaradim e ashquenazim costumam bater com o punho sobre seu coração ao recitar as preces de confissão (Vidui). Esta prática mescla sentimentos de culpa – o coração que teria levado a pessoa a pecar – com sentimentos construtivos, pois a razão do arrependimento é modificar o coração do indivíduo e o seu ser. Sefaradim ocidentais não seguem esta prática, dando maior ênfase à força das palavras e não ao simbolismo do gesto de bater no peito durante a confissão dos pecados. [1]

  1. Yom Kipur e seus costumes – No dia seguinte a Rosh Hashaná, ocorre o Jejum de Guedalyá, em lembrança ao assassinato do governador da Terra de Israel e à dispersão dos judeus remanescentes (no ano 3339 após a Criação). Shabat Shuvá (entre Rosh Hashaná e Yom Kipur), quando lemos a Haftorá, Shuvá Yisrael (Retorna, Ó Israel), constitui-se num dos sábados mais importantes do ano. Até a chegada da véspera de Yom Kipur, o dia no qual nosso destino é selado para o ano todo.

O temor a D’us – “Afinal, tudo já foi ouvido: teme a D’us e guarda Seus mandamentos, pois este é o [dever do] homem completo”.

Não é de se estranhar que o conselho acima tenha sido dado pelo maior e mais poderoso rei que já existiu: o rei Salomão. Nunca houve um rei mais glorioso e forte, que governou sobre o Reino de Israel. D’us lhe deu grande sabedoria quando, aos doze anos, herdou o trono de seu ilustre pai, o rei David. Todos os segredos da Criação lhe foram revelados. Ele compreendia a linguagem de todas as criaturas: das árvores, dos pássaros, dos insetos e dos animais. Podia dominar o vento e os espíritos; os demônios o serviam conforme a sua vontade. Sua fama espalhou-se pelo mundo. Os mais poderosos reis e chefes dos confins da Terra, vieram oferecer-lhe respeito, ouvir sua sabedoria e pagar-lhe tributos.

Poder-se-ia imaginar um ser humano mais poderoso que o rei Salomão? Normalmente, quanto mais poder e conhecimento, maior é a tendência de sermos orgulhosos e convencidos. Muitas pessoas perdem a cabeça por causa do sucesso e do poder. Frequentemente, esquecem que algum dia terão de prestar contas ao Criador e responder por seus atos perante o Supremo Rei dos reis. Mas este não foi o caso do rei Salomão. O mais poderoso e o mais sábio de todos os homens era temente a D’us.

Ele lembra-nos muito Moshê (Moisés) o mais humilde de todos os homens. Moshê tinha todos os motivos para se orgulhar: D’us o escolheu para libertar Seu povo da escravidão, para receber a Torá e ele se tornou o líder da nação e seu irmão, Aharon (Arão) o Sumo Sacerdote. Mesmo assim, Moshê foi o mais humilde de todos os homens que já viveram. A modéstia de uma pessoa pobre e simples não impressiona; mas a humildade de Moshê é digna de reverência. Da mesma forma, não ficaríamos impressionados por uma pessoa frágil e humilde pregar a submissão a D’us. Mas é algo maravilhoso ouvir um homem como o rei Salomão dizer que todo seu poder e riqueza não lhe dizem nada e que a única coisa importante é o temor a D’us e somente a Ele.

Como podemos adquirir a grande virtude de temor a D’us? Pensando constantemente na majestade Divina e Seu poder ilimitado e, ao mesmo tempo, reconhecendo nossa insignificância e limitação de poderes.

Achamos que somos grandes arquitetos: podemos construir pontes imensas, arranha-céus altíssimos. Mas o que é isto comparado com o Arquiteto de todo o Universo? Acreditamos ser grandes engenheiros: podemos fazer uma máquina capaz de fornecer luz para toda uma cidade! Mas o que é isto perante a criação do Sol, que fornece luz, calor e energia para o mundo inteiro? Julgamos ser grandes químicos: podemos fazer coisas impressionantes em nossos laboratórios! Mas, como disse certa vez um grande cientista, uma folha de capim nunca poderá ser igualada.

Na realidade, somos ínfimos e insignificantes. Nossos poderes são limitados da mesma forma como nossa vida o é nesta terra. Somente D’us sabe tudo, pode tudo fazer e está em todos os lugares. Tudo o que possuímos é d’Ele. D’us criou todo o Universo e o homem para um determinado propósito. A finalidade é que o ser humano reconheça que D’us é o Criador e o Mestre; portanto, deve ser reverenciado. Isto significa que devemos servi-Lo, cumprindo as leis e mandamentos que Ele nos deu na Torá e fazer tudo o que for possível para sermos justos, honestos e corretos, pois D’us não aprecia iniqüidades. Ele sabe tudo o que fazemos, dizemos e até pensamos. O temor a D’us é a base da vida, é o primeiro passo para um caminho correto.

Os três pilares – A base do serviço a D’us durante estes dias se formam por meio de três pilares: Teshuvá (penitência, arrependimento, retorno), Tefilá (prece) e Tsedacá (caridade). A tradução habitual de “arrependimento, prece e caridade” não expressa, contudo, os verdadeiros conceitos judaicos de Teshuvá, Tefilá e Tsedacá.

Teshuvá é comumente interpretada como arrependimento. No entanto, a palavra exata em hebraico para arrependimento é Charatá. Charatá e Teshuvá são conceitos praticamente opostos. Charatá enfatiza a tomada de uma nova conduta, arrependendo-se por ter cometido uma ação má ou deixado de praticar uma boa ação e desejando se comportar de uma forma nova a partir deste momento. Teshuvá significa um retorno. Um judeu é essencialmente bom e seu mais profundo desejo é praticar o bem. Porém, devido a várias circunstâncias, completa ou parcialmente fora de seu controle, ele erra. Este é o conceito judaico de Teshuvá – um retorno às raízes, ao seu mais íntimo ser.

Tefilá é geralmente traduzida como prece. No entanto, a palavra correta para prece em hebraico é bacashá. As conotações das duas palavras são contraditórias. O significado de bacashá é solicitação ou pedido e Tefilá quer dizer uma ligação. Bacashá enfatiza o pedido ao Todo Poderoso para que conceda nossas solicitações. Contudo, quando não necessitamos ou não desejamos coisa alguma, então o pedido se torna supérfluo. Tefilá denota a ligação com D’us; e isto é importante para todos e em todas as ocasiões. Todo judeu tem uma alma ligada e presa a D’us. Entretanto, os laços que atam a alma ao Todo Poderoso podem se enfraquecer. Para corrigir esta debilidade, há durante o dia ocasiões específicas para a Tefilá, para renovar e tornar mais forte o elo com D’us. O conceito da Tefilá, o desejo de chegar mais perto de D’us, existe mesmo para aqueles que não necessitam de nada material. É o modo de fortalecer o apego e os vínculos entre os judeus e seu Criador.

Tsedacá é normalmente interpretada como caridade. Mas a palavra exata para caridade em hebraico é Chessed. Não usamos o termo Chessed e sim Tsedacá porque, novamente, os conceitos são antagônicos. Chessed ressalta a generosidade daquele que dá. Porém, aquele que recebe pode não ser necessariamente merecedor, nem o doador obrigado a dar, praticando o ato de bondade devido a sua generosidade. Tsedacá, por sua vez, origina-se da palavra hebraica justiça, ressaltando que a justiça exige do judeu o cumprimento da caridade por dois motivos: primeiro, porque não está dando o que é seu e sim o que lhe foi confiado por D’us para dar aos outros; segundo, uma vez que todos dependem do Todo Poderoso para prover suas necessidades – embora D’us certamente não tenha obrigações para com ninguém – somos obrigados a retribuir “medida por medida” e dar aos outros, muito embora não devamos nada a eles. [2]

III. A Mishna – As leis relativas a Rosh Hashaná (este ano  se inicia no dia 24 (ao entardecer), 25 e 26 de setembro, 2014,1 e 2 de Tishrei 5775) – …O Tratado de Rosh Hashaná aborda principalmente as leis relativas a Rosh Hashaná, o início do ano judaico: quando é, o modo de calculá-lo, como proclamá-lo e transmitir ao povo sua data, assim como as leis relativas à santidade desse dia, como suas orações e preceitos principais.

O primeiro capítulo deste tratado aborda as datas consideradas Rosh Hashaná, cada qual referente a um assunto específico e suas respectivas leis, e tem como principal assunto o testemunho do novo mês (Rosh Chodesh). Também o capítulo 2 e o início do capítulo 3 tratam das leis de testemunho e proclamação do novo mês, pois a santificação dos meses e a proclamação do início do ano são necessárias para fixar as datas das festas judaicas (Pêssach, Shavuot, Sucot e Yom Kipur), com todos os preceitos relacionados a elas.

O principal preceito de Rosh Hashaná é ouvir o toque do shofar – um chifre de carneiro. Assim, a continuação do capítulo 3 trata das leis do shofar, enquanto o capítulo 4 trata da ordem dos toques do shofar e das orações de Rosh Hashaná. [3]

  1. Algumas Leis relacionadas com Yom Kipur – “… Aos dez dias deste sétimo mês é o dia das expiações; convocação de santidade será para vós, e afligireis suas almas (através do jejum)…” (Levítico 23).

Segundo o Talmud, mesmo após a Teshuvá – retorno e arrependimento – o poder de perdão aos erros cometidos não se aplica às ofensas cometidas contra o próximo: “As transgressões do homem contra D’us, o Dia do Perdão as absolve; porém as transgressões contra o próximo, o Dia do Perdão não as expia – até que o indivíduo se reconcilie com o próximo e repare o erro cometido”.

Leis referentes à véspera de Yom Kipur – Neste ano, Yom Kipur se inicia no dia 3 (ao entardecer) às 17:46h e termina na noite do dia 4 de outubro, 2014, 10 de Tishrei 5775.  É costume fazer caparot – abate de um galo, para um homem, e de uma galinha, para uma mulher, no dia 9 de Tishrei de madrugada, por um shohet qualificado. Também é possível cumprir este costume com dinheiro, doando-o para tzedaká.

É proibido jejuar no dia que precede Yom Kipur, mesmo se este jejum for Taa Halom. É, ao contrário, uma mitzvá fazer uma refeição adicional.A refeição da véspera deve ter pão e pratos leves, de fácil digestão. Bebidas alcoólicas são proibidas. Esta refeição deve ser concluída 20 minutos antes do pôr-do-sol.

As mulheres devem acender as velas antes de ir à sinagoga, complementando a bênção com os dizeres “Ner Shel Yom Hakipurim”. Se a mulher quiser locomover-se de automóvel ou usar o elevador antes do início de Yom Kipur, deverá, antes de acender as velas, fazer uma ressalva dizendo que não está recebendo Yom Kipur, com o ato do acendimento das velas. É porém preciso antecipar o recebimento de Yom Kipur antes do pôr-do-sol.

É costume os pais abençoarem os filhos, pedindo que estes sejam selados no Livro da Vida, e que em seus corações permaneça sempre o amor a D’us. Convém também ir à sinagoga antes do pôr-do-sol, para poder participar do Kol Nidrei, a “anulação dos votos”.

Yom Kipur – Yom Kipur é o Shabat dos Shabatot e, portanto, todo trabalho profano deve cessar e todas as leis do Shabat devem ser respeitadas. Assim como no Shabat, é proibido portar qualquer objeto no Yom Kipur.

Restrições durante o jejum – “Não comer, não beber, não trabalhar, não se lavar nem massagear a pele (perfumes, cremes etc.), não calçar couro, não ter relações conjugais”. O jejum se aplica aos homens e mulheres, mesmo se estas estiverem grávidas ou amamentando. Só em caso de doença – ou quando houver algum perigo, o jejum pode ser suspenso (consulte seu rabino). As crianças de 9 a 10 anos podem jejuar somente algumas horas. A partir dos 11 anos, conforme avaliação dos pais, pode jejuar o dia todo. O jejum torna-se obrigatório aos 12 anos, para meninas, e aos 13, para meninos. Ao acordar, lavam-se as mãos até a segunda falange, com água fria e sem sabão. Passam-se os dedos ainda úmidos nas pálpebras. O uso de sapato, sandálias ou tênis de couro é proibido, para homens e para mulheres. As crianças também devem ser orientadas neste sentido. A Havdalá (a cerimônia no fim de Shabat) deve ser feita sem bessamim(especarias). A bênção da luz deve ser feita sobre uma vela que permaneceu acesa desde o dia anterior. [4]

Fontes: [1] Revista Morasha, Edição 34 – Setembro de 2001: http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=39&p=0

[2] Chabad: http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/659928/jewish/Os-Dias-Entre-Rosh-Hashan-e-Yom-Kipur.htm

[3] Editora Sêfer Online: http://www.sefer.com.br/details/13493/mishna—tratado-de-rosh-hashana

[4] Revista Morasha, Edição 69 – setembro de 2010: http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=870&p=0

Coordenador: Saul Stuart Gefter



Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *