Congregação Judaica Shaarei Shalom – שערי שלום

ב״ה

Sinagoga Hebraica Portuguesa de São João de Meriti

Tempo de leitura: 14 Minutos

 

  1. Introdução – Cashrut: Cashrut ou kashrut (em hebraico: כַּשְרוּת), também conhecido como kashruth ou kashrus na tradição asquenazita, é o termo que se refere às leis alimentares do judaísmo. A comida, de acordo com a halachá (lei judaica), é chamada de kasher ou casher (kosher em idishe), do termo hebraico כשר (kashér), que significa “próprio” (neste caso, próprio para consumo pelos judeus, de acordo com a lei judaica). (o Talmude babilônico se refere ao rei Dario I, que ajudou a construir o Segundo Templo, como um “rei kasher”. A tradução se refere a ‘kasher’ no sentido de “virtuoso”, “correto”.)

 

Os judeus que seguem o kashrut não podem consumir comida não kasher, porém existem exceções quanto à utilização não alimentícia de produtos não kasher, como, por exemplo, numa injeção de insulina de origem porcina ministrada a um diabético. A comida que não estiver de acordo com a lei judaica é chamada de treif ou treyf (em ídiche: טרייף, do hebraico |טְרֵפָה, transl. trēfáh). Num sentido mais técnico, treif significa “proibido”, “dilacerado” e se refere à carne que veio de qualquer animal que contenha algum defeito que o torne impróprio para o abatimento. Um animal que tenha morrido por qualquer meio que não o sacrifício ritual é chamado de neveila, que significa literalmente “coisa suja”…

 

Muitas das leis básicas do cashrut derivaram de dois livros da Torá, o Levítico e o Deuteronômio, com a adição dos detalhes estabelecidos pela lei oral (a Mishná e o Talmude) e codificadas pelo Shulkhan Arukh e pelas autoridades rabínicas posteriores. A Torá não afirma explicitamente o motivo da maioria das leis cashrut, e diversas razões foram apresentadas para estas leis, desde filosóficas e ritualísticas, até práticas e higiênicas. Por extensão, a palavra kasher passou a significar “legítimo”, “aceitável”, “genuíno” ou “autêntico”, num sentido mais amplo. O islamismo também tem um sistema relacionado, embora diferente, chamado de halal, e os dois possuem um sistema comparável de sacrifício ritual (shechita no judaísmo e dhabihah no islã).

 

Entre os alimentos taref ou treif podemos citar: carne de porco, camarão, lagosta, todos os frutos do mar, peixes que não possuem escamas, carne com sangue, e qualquer alimento que misture carne com produtos de origem láctea, como manteiga, leite e queijo.

Um judeu ortodoxo não consome queijo até 3 horas depois de comer carne, por exemplo, visto que este é preparado com leite (em outros costumes ainda, espera-se 6 horas).

 

Simbologia – Para se identificar um produto kasher, são usados símbolos de certificação acompanhados por letras ou palavras para indicar a categoria do produto, de acordo com a lei religiosa judaica. A certificação mais utilizada é a feita pela União Ortodoxa (OU), dos Estados Unidos. Mas, além dela, existem outras organizações que se encarregam disso. Os produtos certificados pela OU são identificados com um U dentro de um círculo acompanhado de uma das letras ou palavras abaixo:

D: Do inglês Dairy, que significa Laticínios

M: Do inglês Meat, que significa Carne, incluindo aves

Pareve: Comida que não possui derivados tanto de leite quanto de carne

Fish: Peixe

P: Permitido para Pessach (P não é usado para Pareve)

 

No Brasil, (em geral ate recentemente) os produtos não adotam classificação, mas a maioria dos produtos kasher (importados) vendidos no Brasil adotam a classificação da “OU” ou “K” porque são provenientes principalmente dos Estados Unidos e de Israel. [1]

(Visite os sites no internet e confira a lista consolidada com todos os produtos certificados como kasher/kasher l´Pessach, para os que comem (Sefaradim) e não comem (Ashkenazim); Kitniot, das Certificadoras Kasher  B.K.A., B.D.K.  A Lista consolidada a partir de informações disponibilizadas no site das entidades. Produtos aprovados para uso – mesmo sem o selo de supervisão estampado nas embalagens. Para a lista completa: ver produtos aprovados Kasher Le Pessach – Sefaradim e Ashkenazim – BKA (www.bka.com.br), BDK (www.bdk.com.br)  e (http://www.cilisboa.org/documents/CKasher.pdf) no Brasil.)

 

  1. Por que comer casher? O Judaísmo envolve todos os aspectos da vida, inclusive o que comemos e de que forma o fazemos. Nosso raciocínio mudou até o ponto em que não mais sabemos por que o Judaísmo coloca tanta ênfase em comer e beber, necessidades básicas compartilhadas não apenas pelo restante da humanidade como também pelos animais. Sem uma explicação satisfatória para a cashrut e sem a fé simples baseada nos valores da Torá que caracterizaram as gerações anteriores, muitos judeus concluem que manter-se casher está simplesmente obsoleto – está baseado em antigas precauções sanitárias que não mais se aplicam à vida moderna.

 

Portanto, oferecemos alguns dos pontos de vista sobre a mitsvá da cashrut fornecidos pela tradição judaica. Estas introvisões satisfazem nossa necessidade de compreensão e nos motivam a cumprir as mitsvot da Torá face aos valores opostos da cultura contemporânea. Apesar disso, deve-se entender que os mandamentos são de origem Divina e jamais poderão ser totalmente compreendidos pelo intelecto humano. Mantemos as mitsvot porque são um legado de D’us ao povo judeu.

 

“Religião,” como todos sabem, trata de prece, meditação, caridade, ética e às vezes, formas variadas de auto-negação. O Judaísmo, entretanto, envolve todos os aspectos da vida. Nossas atividades cotidianas mais comuns tornam-se imbuídas de santidade quando seguimos a diretiva da Torá: “Conheça-O em todos teus caminhos” (Mishlê/ Provérbios  3:6). A Cashrut representa o encontro do corpo e da alma. A Torá nos diz para não rejeitarmos o físico, e sim santificá-lo. Comida casher é a dieta da nutrição espiritual para a neshamá, a alma judaica. Isso é designado para trazer refinamento e purificação ao povo judeu.

 

O que isso significa?

A moderna ciência nutricional reconhece que o Judaísmo sempre ensinou que de forma geral somos aquilo que comemos. Sabemos que os alimentos que ingerimos são absorvidos por nossa carne e sangue. Alimentos proibidos são mencionados na Torá como abominações à alma Divina, elementos que aviltam nossa sensibilidade espiritual. Abutres e animais carnívoros, tendo o poder de influenciar quem deles se alimenta com atributos agressivos, estão entre os alimentos proibidos.

 

Para um judeu, toda comida não-casher diminui a sensibilidade espiritual, reduzindo a habilidade de absorver conceitos da Torá e mitsvot. Tanto a mente quanto o coração são afetados. É fácil entender por que a cashrut é freqüentemente considerada a mitsvá de mais longo alcance. A história demonstra que quando a observância de cashrut é forte, a identidade judaica permanece forte.

 

Para explicar o poder dos alimentos casher, devemo-nos voltar aos ensinamentos chassídicos baseados no misticismo do grande cabalista Ari Zal (Rabi Yitschac Luria). O Ari Zal deu uma interpretação literal ao versículo “O homem não vive somente de pão, mas da palavra de D’us” (Devarim 8;3). Ele explicou que não é o alimento em si que dá a vida, mas sim a centelha de Divindade – a “palavra de D’us” – que está presente no alimento. Toda matéria tem dentro de si algum aspecto das “Centelhas de Divindade” que dão vida e existência ao mundo. Quando comemos, o sistema digestivo extrai os nutrientes, enquanto a neshamá extrai a centelha de Divindade encontrada na natureza.

 

A energia Divina no alimento é, portanto, a verdadeira fonte de sua capacidade de sustentar e nutrir o corpo. Comida casher tem uma poderosa energia que dá força espiritual, intelectual e emocional à neshamá judaica, ao passo que alimentos não-casher fazem o oposto. A dieta casher é uma dieta saudável para a alma, contendo a nutrição espiritual necessária para a sobrevivência judaica e para estabelecer o verdadeiro equilíbrio entre o corpo e a alma. Uma dieta prescrita pelo Dr. do Mundo.

 

Na outorga da Torá, D’us nos deu 613 preceitos, entre os quais as leis concernentes à Cashrut. Cada uma das mitsvot, por fazer bem à alma, faz bem ao corpo. Cada vez que alguém se alimenta, a comida é absorvida pelo corpo e transformada em energia. Quando uma pessoa utiliza a energia produzida por este alimento para cumprir um preceito, ela eleva este alimento para o campo espiritual. Sabemos que os alimentos têm um amplo efeito sobre nós. Ao tornar-se parte da carne e sangue do corpo, que é ligado à alma, o alimento que a pessoa ingere tem efeito direto sobre seu caráter, seu refinamento pessoal e seu desenvolvimento em todos os estágios da vida. A Torá, através da cashrut, nos ensina como comer para que o corpo seja um receptáculo apropriado para a alma, e não meramente um instrumento para satisfazer as necessidades físicas, como os animais.

 

Na Torá, cuidar da saúde e cuidar da Cashrut são mitsvot distintas. Quando a Torá nos diz se o alimento é permitido ou não, está nos informando a respeito de sua faceta espiritual e sobre nossa capacidade de aproveitá-lo positivamente. Assim como no aspecto material, o nosso organismo físico não está preparado para digerir e retirar os nutrientes de qualquer tipo de substância, também no campo espiritual, a alma pode e deve utilizar a matéria, revelando a espiritualidade que está por trás dela. Cada vez que alguém se alimenta, a comida é absorvida pelo corpo e transformada em energia. Assim quando a pessoa utiliza a energia produzida por este alimento para cumprir uma Mitsvá, ela eleva este alimento.

 

O conceito de Cashrut está ligado ao conceito de saúde da alma. Segundo o rei Salomão (Provérbios XX:27), “a alma humana é a vela Divina”. Para que cada um possa revelar a chama Divina que está em nossos corpos é preciso cuidar para que não se impurifiquem com comidas não permitidas pelo Criador.

 

A cashrut foi instituída por D’us por razões que só Ele conhece. As leis da cashrut, com certeza, ajudam à saúde física da pessoa, mas não é este seu principal objetivo. Elas ajudam a tornar possível a ligação entre alma e corpo, alma e D’us. D’us é o Engenheiro do mundo que ligou os fios certos para que saiam da fonte de energia até a lâmpada, iluminando nossas vidas com mais vida. [2]

 

III. Carne casher como uma alternativa saudável 

A carne Casher é singular em todos os aspectos, desde o tipo de animais que são permitidos até a maneira como são abatidos e preparados para o consumo. Os alimentos à base de carne são cozidos, manuseados e ingeridos separadamente dos alimentos à base de laticínios. Além disso, é exigido um período de espera de seis horas após comer todos os tipos de carnes e aves antes que qualquer laticínio possa ser ingerido. Somente os animais que ruminam e possuem cascos fendidos (os dois sinais mencionados na Torá) são Casher. Vacas, carneiros e cabras servem como exemplos. Um animal que tenha apenas um dos dois sinais não é Casher. Uma vez que as leis da Torá são exatas, tendo sido projetadas pelo próprio Criador, com certeza há um motivo por que estes dois sinais foram escolhidos.

Curiosamente, a Torá enumera apenas quatro animais que ruminam ou possuem os cascos fendidos, mas não atendem a ambos os requisitos: o porco, o coelho, o camelo e a lebre. Apesar do grande progresso no conhecimento científico e da exploração dos mais remotos recantos do mundo pelo homem, nenhuma outra criatura com apenas um destes sinais foi descoberta.

 

Uma dimensão espiritual 

Nossos sábios comentaram sobre a relação entre o tipo de alimento que comemos e o estado de nosso refinamento espiritual. Isto é particularmente verdadeiro a respeito da carne; o cuidado com que devemos encarar o consumo de substâncias de origem animal se reflete nas diversas leis que se relacionam com a carne, mesmo de animais Casher. A carne não é proibida; seu consumo é permitido desde os dias de Noach (após o Dilúvio), mas com certas limitações. As leis dietéticas e a proibição da crueldade contra os animais nos impedem de comê-la sem uma reflexão prévia e uma preparação adequada. Uma das Sete Leis de Noach, que a Torá determina para toda a humanidade, é a proibição de comer a carne de um animal vivo. De acordo com a missão judaica de ser “uma nação de sacerdotes e um povo sagrado,” a Torá confia a nós um conjunto de leis ainda mais rigorosas com relação a comer carne.

 

Nossa adesão às leis da Cashrut não depende de nosso entendimento intelectual, mas de nosso desejo de cumprir os mandamentos de D’us. Não obstante, de acordo com o Rambam (Maimônides) “…cabe aos homens meditarem sobre as leis de nossa sagrada Torá e conhecerem seu significado mais profundo tanto quanto lhes for possível.’  De acordo com isto, nossos sábios extraíram conclusões sobre os tipos de animais que podemos comer, e aqueles que somos proibidos de comer. Os animais permitidos são, em princípio domesticados e herbívoros, enquanto somos proibidos de comer animais selvagens e aves de rapina, para que não incorporemos sua natureza feroz e violenta a nós mesmos. A carne dos animais proibidos, de acordo com o misticismo judaico, “embota o coração” ou bloqueia sua sensibilidade aos assuntos espirituais. No que concerne aos animais permitidos, temos mais uma restrição quanto a comer o sangue do animal. “Não comereis sangue, seja de ave ou quadrúpede.” (Vayicrá VII:26). Nossa linguagem reflete a associação do sangue com as paixões e instintos animais, como nas expressões “de sangue quente ” ou ‘fazer o sangue ferver’.

Nachmânides, no comentário da Torá, explica que o alimento ingerido afeta nossa alma e que, uma vez que a carne de um animal absorve suas características, devemos ter cuidado sobre qual tipo e que parte do animal iremos comer e fará parte de nós. Outra explicação é que, uma vez que o homem é a única criatura de D’us que reconheceu seu Criador, foi-lhe permitido comer a carne de outra criatura; mas é considerado bárbaro comer sangue, pois este equivale à própria vida da criatura, pois está ligado à sua alma.

As leis sobre carne e aves Casher

A categoria “carne” inclui a própria carne, as aves e os subprodutos, tais como ossos, sopas e molhos. Qualquer alimento feito de carne ou aves ou de produtos de carne e aves, é considerado como sendo de carne (fleishig ou Bessarí).

Até mesmo uma pequena quantidade de carne em um alimento torna-o Bessarí. Todas as carnes, aves e componentes da carne em qualquer produto, inclusive itens tais como pílulas hepáticas, devem estar de acordo com os seguintes requisitos para serem considerados Casher:

– A carne deve ser de um animal que rumina e possui cascos fendidos. Vacas, carneiros e cabras são Casher.

– As aves Casher são identificadas por uma tradição transmitida de geração para geração e é universalmente aceita. A Torá especifica as aves que são proibidas, incluindo todas as aves de rapina ou que se alimentam de carniça. Entre as aves Casher estão incluídas as espécies domésticas de frangos, patos, gansos e perus.

– 0 animal ou ave deve ser abatido e examinado de acordo com as normas alimentares da Torá por um Shochet (abatedor) , uma pessoa temente a D’us e perito altamente treinado no abate Casher.

– As porções permissíveis do animal e da ave devem ser adequadamente preparadas antes do cozimento. Todos os utensílios devem ser Casher.

 

As leis da Cashrut não são apenas uma disciplina externa; elas visam refinar a personalidade e intensificar a receptividade espiritual. A Torá é baseada na conexão entre o corpo e o espírito. O corpo não deve ser desprezado ou menosprezado, mas deve ser usado como veículo a serviço de D’us. As leis físicas detalhadas acerca da carne Casher estão, assim, diretamente relacionadas aos mais elevados conceitos espirituais. [3]

 

  1. Por Que a Shechita é Importante? Por Dr. Tali Loewenthal

 

O Povo Judeu enfrenta hoje vários conflitos. Um deles está relacionado à shechitá, o abate ritual de aves, carneiros e vacas, para que os judeus possam comer carnes. Alguns grupos têm feito pressão numa tentativa de banir a shechitá ou de impor ao governo leis que impediriam que ela fosse praticada de forma efetiva. Por que é tão importante proteger o nosso direito de praticar a shechitá? A shechitá é praticamente indolor para o animal. A faca especial de shechitá é afiada como uma navalha: se ela cortasse o dedo de alguém, este não sentiria.

O ato da shechitá geralmente corta as artérias carótidas, causando a interrupção imediata do suprimento sanguíneo ao cérebro. Esse procedimento tem um efeito atordoante efetivo, rápido e indolor. Em termos de vida na sociedade moderna, existe ainda outra questão: a tolerância religiosa. Nós vivemos em uma sociedade pluralista em que a liberdade para a prática religiosa pode ser reivindicada desde que não cause prejuízo a outros seres humanos.

 

Como seres humanos maduros do século 21, podemos exigir a aceitação da shechitá como um direito humano. Além disso, os ataques à shechitá são geralmente uma forma disfarçada de antissemitismo: durante a Segunda Guerra Mundial, a shechitá foi banida em todos os países que estavam sob o controle dos nazistas.

A verdadeira questão, entretanto, é a questão espiritual. A Torá ordena ao judeu que use o método da shechitá para que possa comer carne. A Torá não considera comer carne como algo a ser tomado como natural. Antes de Noé, os seres humanos não podiam comer carne.

Então, em uma lei dada por D’us a Noé depois do Dilúvio, comer carne se tornou permitido desde que o animal seja morto antes. Nós geralmente entendemos esta lei, aplicando-a a toda a humanidade, como uma exigência para que se evite a crueldade desumana aos animais.

 

Para o judeu existem ainda outras restrições com regras adicionais que se aplicam a nós. Somente certos animais podem ser comidos: os animais casher(“casher” significa saudável, adequado). As regras para os animais, aves e peixes casher são dadas na Torá1. Se o animal não estiver saudável, novamente ele é proibido. A palavra treif (que nós usamos para algo não-casher) literalmente significa “rasgado, despedaçado”: um animal que tenha sido rasgado internamente e está doente não pode ser comido2.

A Torá também nos fala que o sangue não pode ser ingerido, e a carne e o lei devem ser mantidos separados3. Ainda tem mais. Para o Povo Judeu na época de Moshé, a carne só podia ser consumida quando fizesse parte de um sacrifício trazido ao Santuário. De certo modo, a carne era considerada sagrada. Então, logo antes de entrarem na Terra de Israel, foi dito ao Povo Judeu que eles poderiam comer carne, mas somente se eles abatessem os animais de uma forma especial4. Este método foi revelado a Moshé no Sinai. Era o modo de abate usado no Santuário e no Templo, e ainda é usado por aquele que faz o abate (shochet) nos dias de hoje.

 

Todo alimento, incluindo plantas e animais, tem dentro dele uma força vital espiritual. Os ensinamentos chassídicos nos dizem que quando um judeu come alimentos permitidos e serve a D’us com a energia que ele lhe proporciona, um ciclo espiritual crucial é completado, ajudando a aperfeiçoar o universo5. Esta é a nossa missão global. As leis detalhadas e a prática da shechitá nos ajudam a executá-la, para o beneficio máximo de toda a humanidade.

 

NOTAS: 1. Devarim14:3-21. 2. Shemot 22:30. 3. Devarim 12:23-25; 14:21, como explicado pelos Sábios. 4. Devarim 12:21. Ver Rashi.  5. Ver Tanya parte I do Rabbi Shneur Zalmanof Liadi, caps. 7 e 37.

Dr. Tali Loewenthal – palestrante sobre Espiritualidade Judaica na Universidade College London, diretor da Unidade de Pesquisa Chabad, autor de Comunicando o Infinito: O Surgimento da Escola Chabad, e contribui frequentemente para a seção de leitura semanal da Torá de Chabad.org. [4]

 

Fontes: [1] Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cashrut

[2] Kasher Brasil: http://kasherbrasil.com.br/artigos01.html (fonte:Habad); http://judaismonaweb.blogspot.com.br/2013/05/cashrut-porque-comer-casher.html

[3] Kasher Brasil: http://kasherbrasil.com.br/artigos02.html (fonte:Habad)

[4] Habad: http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/2510207/jewish/Por-Que-a-Shechita-Importante.htm

Coordenador: Saul Stuart Gefter



Respostas de 3

    1. Kosher é um termo que se refere a alimentos que são preparados e consumidos de acordo com as leis judaicas tradicionais. Se alguém consome um alimento não kosher por engano, não há necessidade de preocupação ou culpa.

      No entanto, se a pessoa souber que o alimento não é kosher e ainda assim o consumir, pode ser considerado uma violação das leis judaicas e, dependendo da gravidade da transgressão e da crença pessoal da pessoa, pode ser necessário realizar uma expiação ou buscar a orientação de um rabino para obter orientação sobre o arrependimento e a reparação.

      É importante lembrar que a prática kosher é uma parte importante da tradição judaica, mas é uma escolha pessoal. Se alguém não segue essas leis, não é considerado um pecado, mas sim uma decisão pessoal.

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