Congregação Judaica Shaarei Shalom – שערי שלום

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Espanha Medieval –

A partir de 1236, o poderio islâm co entrou irremdiavelmente em decadência, culminando com a completa reconquista cristã. Esta foi reforçada pelo casam ento de Fernando de Aragão e Isabel de Castela, que unificam seus exércitos sob a bandeira da Inquisição. A retoma da cristã tem seu ápice na queda do último foco de resistência: o reino de Granada, em 1492. No mesmo ano, foi editado o decreto de expulsão dos muçulmanos, seguido pelo decreto de expulsão dos judeus. Mas a marca judaico-islâmca na Espanha permanece, e ainda pode ser vista, por exemplo, através da escrita ajamiada, que aparece em obras posteri ores escritas em espanhol utilizando-s e de caracteres árabes ou hebraicos, assim como pela arquitetura, literatura e as artes em geral. Apesar da Inquisição e dos decretos de expulsão, a herança das culturas árabe e hebraica continuou a florescer em ambiente cristão através da expressão poética, da apropriação de elementos culturais e políticos da participação social do s conversos que se recusaram a deixar a pnínsula, dos esforços de tradução das obras de autores judeus e islâmicos, entre outras manifestações. “Ainda no século XIII, reis como Alfonso X e Sancho Romero Castelo; Macia Capon …XIV em Castela e Jaime I e Pedro III em Aragon contavam com judeus em suas cortes como conselheiros, médicos, diplomatas e financistas”.

No século XII foi fundada em Toledo, que se encontrava sob o domnio cristão desde 1085, a célebre Escola de Tadutores, pelo Arcebispo D. Raimundo de Toledo. Nesta, cristãos, muçulmanos e judeus criaram um lugar destinado à tradução dos autores clássicos que, dessa maneira, deixaram seu confinamento no Oriente arabófono e passaram a sera cessíveis aos estudiosos de origem latina.

Muitas obras foram ali traduzidas, inclusive dessa escola surgiu a primeira tradução do Corão, como também os tratados do matemático Abraham Bar Hiyya Hanassi (1035-1136), as obras do também matemático Al-Huarizm i e a obra filosófica de Schlomo Ibn Gabirol. Mas, mesmo nos reinos cristãos, a situação dos judeus já não era fácil. “Por volta de 1320 começaram a difundir-se pelos reinos hispanos as acusações de que os judeus envenenavam águas e profanavam hóstias (…) tais acusações foram mais violentas no reino de Aragon, onde ocorreram numerosos alvoroços populares contra as juderias”.

Após o século XIV, a Espanha cristã, antiga Andalus, presenciará uma seqüência de perseguições, expulsões e mortes. Calcula-se que mais de trinta mil judeus e muçulmanos tenham sido assassinados entre 1498 e 1568. Cerca de trezentos mil judeus emigraram para regiões mas seguras, ainda no mundo islâmico (Norte da África, Império Otomano, Egito e Palestina), e, mais tarde, no mundo cristão (Sul da França, Países Baixos, Itália e Alemanha).  Cerca de 120 mil judeus atravessaram as fronteiras, refugiando-se provisoriamente em Portugal, em troca de altas quantias pagas ao rei pela garantia de suas vidas. Muitos mais foram perseguidos, presos e torturados, até que a Inquisição espanhola fosse abolida em180819. Como auxílio do Tribunal do Santo Ofício e da Inquisição, não apenas as vidas dos judeus e muçulmanos que decidiram permanecer na Espanha foram ceifadas sob as ordens do Frei Tomás de Torquemada (1420-1498), mas, muito além disso, o golpe estendeu-se à cultura e à ciência. Seu sucessor, o cardeal Francisco Jimenez de Cisneros (1436-1517), fez queimar em 1499 as bibliotecas dos mouriscos. Calcula-se que mais de oitenta mil manuscritos da Espanha muçulmana tenham sido perdidos para sempre.

Ainda que, frente à vastidão dos desafios contidos nessas três vertentes de desenvolvimento que a presente pesquisa colocou diante de nosso s olhos, as conclusões aqui apresentadas sejam com o um grão de areia, acreditamos ter levantado indícios suficientes para questionar a abordagem fragmentária da obra de Ibn Gabirol, que conduz à separação de sua intenção originária em duas vertentes incomunicáveis.  Visões como a que foi defendida por Schlanger, de que “Ibn Gabirol poeta é um judeu fervoroso; Ibn Gabirol filósofo trata do D’us dos filósofos”, devemser, conforme a perspectiva que propusemos aqui, que parte da compreensão do autor enquanto mistico – relativizadas. O homem cujas idéias apresentamos.   Em relação a este tema, está para ser publicado em breve, pela ed. Paulinas, um primeiro estudo inicial dessa proposta metodológica para o estudo da mística especulativa, numa coletânea de trabalhos apresentados no Seminário de  Mística Comparada – UFJF, organizada pelo prof. Faustino Teixera. …  Nesse sentido, foi apresentado no início do presente ano um projeto de pesquisa a ser desenvolvido no núcleode estudos de Mística e Santidade – NEME S/PUCSP sobre o pensamento místico do batini Mohammed Ibn Masarra de Múrcia e a organização de sua escola de pensamento; este projeto já está em desenvolvimento.

…SCHLANGER, Jacques, La  Philosophie de Salomon , Ibn gabirol, Étude d’um Néoplatonism e, Études sur le judaism e Médiéval. Leiden, E. J. Brill, 1968, p. 41.

Nesse trabalho é Schlomo ben Yehudá, é Suleyman Ibn Yahya e é também Avicebron; ele é um místico fervoroso que, a partir de seu anseio pessoal e sua busca pela sabedoria, falou como judeu fervoroso a seus correligionários e passou para a história universal por ter falado à maneira dos filósofos — o que não significa que é do D’ us dos filósofos que ele fala. Ibn Gabirol é, acima de tudo, uma personalidade única que, assentada na especulação sobre o Trono da Glória – imagem comum às três vertentes abrahâmicas –, tentou com unicar o que lá encontrou através das linguagens que considerou adequadas.

Desse modo, para compreender filosoficamente o que o poeta judeu Ibn Gabirol tencionou comunicar, bastaria tomar a sua poesia, independentemente das associações a priorique tendemos a fazer com as imagens já estabelecidas na linguagem comum e nos sistemas de significados que imaginamos estarem sendo utilizados pelo autor. Conforme diria Bergson, “bastaria tomar o misticismo no estado puro, escoimado das visões, das alegorias, das fórmulas teológicas pelas quais ele se exprime, para fazer dele um ausuxiliar poderoso da busca filosófica”.  Provavelmente, esse foi o procedimento próprio do autor; ao fazer isso, Ibn Gabirol encontrou no Trono da Glória a inspiração para sua doutrina metafísica exposta no Fons Vitae.

Do mesmo modo, bastaria encontrar a Imagem mediadora apresentada em sua metafísica para conectá-la novam ente à Intuição original. E esse foi o nosso procedimento nessa pesquisa, que nos reconduziu à inspiração originariamente mística.  Por outro lado, Ibn Gabirol organizou as mesmas imagens religiosas provenientes da antiga linguagem bíblica judaica num sentido novo, protegendo os conteúdos místicos dos olhares indesejados, aguarda ndo aqueles que, através da compreensão de sua poesia não somente como arranjo estético ou artifício retórico, mas como exegese e explicação de conteúdos ocultos, pudessem lá encontrar as respostas que buscavam.  E, “assim, seu misticismo beneficia-se da religião, até que a religião se enriqueça de seu misticismo ”, o que viria a ocorrer sistematicamente, séculos mais tarde, através de algumas correntes da Kabbalah e, eventualmente, por parte do que denominam os mais acima “discípulo ideal”, isto é, as personalidades excepcionais que, por ventura, tenham se inspirado individualmente com sua metafísica ou como perfume de seus cânticos.[3]

Solomon Ibn Gabirol (Málaga, c. 1021 – Valência, c. 1058), também conhecido como Solomon ben Judah, Sulaymān ibn Yaḥyà ibn Ŷabīrūl, conhecido também como Avicebron, foi um judeu andaluzi, poeta e filósofo. Filho de uma família cordovesa que escapava das revoltas que deram fim ao califado cordovês —pelo qual Ibn `Ezra e Ibn Zakkuto o denominam al-qurtubi, ou seja, “o cordovês”, embora ele próprio se proclamasse em vários dos seus poemas acrósticos al-malaqui, malaguenho—, ficou órfão desde muito jovem. Foi criado e educado em Saragoça.

Ali, o seu precoce gênio poético valiou-lhe a proteção do mecenas Yekuti`el ben Isaac, vizir judeu do rei Mundir II da taifa de Saragoça. Ibn Gabirol refere Yequtiel ben Isaac como “príncipe” e “senhor dos senhores”, e a ele dedica boa parte dos seus mais excelsos poemas. Eis um fragmento de uma elegia à morte do seu mestre Yequtiel ben Ishaq: “Repara no sol do ocaso, vermelho, como revestido de um véu de púrpura: vai desvelando os costados a norte e a sul, enquanto cobre de escarlata o poente;  abandoa a terra nua  procurando na sombra da noite abrigo;  então o céu obscurece-se, como se coberto de luto pela morte de Yequtiel.”

Em 1039, após os tumultos ocorridos durante o golpe de estado de Abd Allah ibn Hakam contra Mundir II, Yekutiel foi assassinado e, após dedicar-lhe as mais formosas das suas elegias (um fragmento da qual reproduzimos em cima), Avicebron marchou embora de Saragoça para Granada, à procura de outro protetor, um dos mais notáveis e poderosos personagens da sua época, Šemuel Ibn Nagrella, vizir de Badis ibn Habus rei zirida de Granada. Foi preceitor do seu filho Yosef e, apesar da origem comum das suas famílias —ambas eram cordobessas e emigradas para Málaga—, as suas relações foram conflituosas, atingindo mesmo o confronto pessoal, devido, quer à rivalidade poética quer ao particular caráter de Grabriol, do qual disse Ibn `Ezra: “O seu gênio indômito levou-o a injuriar os grandes e a enchê-los de ofensas, sem desculpar os seus defeitos”. Após residir uns anos em Granada, optou por voltar para Saragoça.

A positiva opinião que de Gabirol têm os cronistas posteriores, Ibn `Ezra, al-Tulaituli, al-Harizi, ibn Da`ud, ibn Parhon ou Yosef Qimhi, não são reflexo da estima de que gozou entre os seus contemporâneos, pois uma vez morto Yequtie`el, e sem a proteção de Šemuel ibn Nagrela, o confronto com os seus correligionários foi encerrado com a promulgação de um herem, ou anátema, e a sua expulsão da comunidade hebreia de Saragoça (1045) da que voltou a partir para o exílio.

Não parece que se cumprissem os seus desejos de marchar para Sião, embora não haja testemunhos fiáveis sobre o último período da sua vida. Ibn Zakkuto transmite uma romântica lenda da sua morte em Valência, às mãos de um vate muçulmano ciumento dos seus poemas, e de como após ser inumado sob uma figueira, esta deu os seus mais doces frutos.

A sua obra – Foi autor de numerosos panegíricos e elegias, mas também cultivou a sátira e o auto-elogio, gêneros habituais então entre os poetas árabes, mas não entre os hebreus. Também escreveu abundante poesia religiosa, entre a que se destaca o Keter Malkut (Coroa do reino), um longo poema de tendências místicas que supõe uma síntese entre as crenças tradicionais judaicas e a filosofia neoplatônica, tudo isso enfeitado por um grande conhecimento da astronomia árabe. Compôs, além disso, dois célebres tratados em língua árabe. O primeiro é de caráter filosófico, citado mais adiante, e foi traduzido para o latim como Fons vitae.

O segundo ocupa-se da ética e a moral e é de orientação ascética, o Kitab islah al-ahlaq, em língua hebraica, Tiqqum middot ha-nefes, ou seja, A correição dos caracteres, de 1045.

Fons Vitae – Aderente à filosofia neoplatônica, a sua obra mais célebre é A fonte da vida (em latim Fons Vitae (Yanbu` al-hayat), traduzido para o hebraico como Meqôr hayyîm e está baseada em “Salmos” XXXVI, 10. Esta obra adota a forma de um diálogo entre um mestre e o seu discípulo, e é dividida em cinco partes:

A primeira parte é uma explicação preliminar das noções de jeito e matéria universal.

A segunda descreve a matéria espiritual subjacente sob as formas corporais.

A terceira demonstra a existência das substâncias simples.

A quarta ocupa-se das formas e matérias das substâncias simples.

A quinta discorre a respeito das formas e matérias universais que existem em si mesmas.

Por não conter esta obra referências aos textos fundamentais do judaísmo, ou seja, o Pentateuco e o Talmude, e por ter sido redigida originalmente em árabe, o seu autor “Avicebrão” foi tomado a princípio por um filósofo muçulmano. Traduzida para o latim sob o nome de Fons Vitae por monges franciscanos, foi uma importante referência também para esta ordem e para o mundo cristão em geral.

Obras – Diwan; Anaq. Sefer tiqqum middot ha-nefes. Sefer Meqor Hayyim, Sefer Mibhar ha-peninim, Keter Malkut. [1]

Biografia – Solomon ibn Gabirol nasceu em Málaga para 1020. Órfão desde a infância, ele chegou em Zaragoza, onde seu gênio poético valeu-lhe a proteção do padroeiro Yekoutiel ben Isaac ibn Hassan, ministro judaica do rei Taifa de Zaragoza, Ahmad ibn Sulayman al-Muqtadir. Quando Yekoutiel assassinado, vítima de intrigas políticas, Ibn Gabirol dedicar uma elegia cujo poder será igualada pela morte de Hai Gaon.

Logo depois, ele deixou Zaragoza e vagou por toda a Espanha. Ele encontrou um outro patrono, na pessoa de Samuel ibn Naghrillah, com quem ele acaba caindo e descarregar seus piques mais irônicas.

Ele morreu em Valencia para 1058-1059 após anos de peregrinação. Ibn Yahya em sua Shalshelet ha-Kabbalah relaciona uma lenda que ele foi assassinado por um poeta com ciúmes e enterrado sob uma figueira, que deu tão bons frutos, nós cavamos debaixo dela para determinar as causas desta qualidade, e que encontramos o cadáver de Ibn Gabirol; o assassino teria expiou sua vida.

Seguidor da filosofia neoplatônica, sua obra mais famosa por ter sobrevivido é Fons Vitae, escrito em árabe. O piyut “Shachar Avakeshcha” é atribuído. Este poema é parte do repertório cantado pelos judeus de Marrocos e África do Norte. Ele é mencionado em muitos rituais para judeus sefarditas e é cantada durante as férias. Também é creditado com a escrever o piyut filosófica “Keter Malchut” que é lido no Yom Kippur.

Fons Vitae

Influenciado pelas idéias neo-platônico, o trabalho é escrito como um diálogo entre um mestre e seu discípulo, e está dividido em cinco partes:

  • A primeira parte é um esclarecimento preliminar das noções de forma e matéria universal.
  • O segundo descreve a questão espiritual subjacente às formas do corpo.
  • O terceiro mostra a existência de substâncias simples.
  • O quarto lida com formas e materiais destas substâncias simples.
  • A quinta finalmente discute formas e materiais universais como elas existem em si mesmos.

Se este trabalho inspira tanto na substância e na forma, muito neoplatônica Abraham ibn Ezra, Abraham ibn Daud, no entanto, também elogia o poeta, mas criticou duramente o filósofo, em seu escrever Emunah Rama, um ataque para fora com todas as suas afirmações, repreendendo-o, entre outros, filosofou sem ter em conta qualquer perspectiva religiosa.

Na verdade, mesmo que se pode encontrar semelhanças entre ondas Mekor Chaim e seu maior poema Keter Malchut, é acima de tudo atingido pelas diferenças de Weltanschauung: o Deus impessoal filósofo mecanicista aristotélica, deu lugar ao Deus misericordioso que ama e cuida Se qualquer de suas criaturas, que desvia o curso da história do mundo segundo o seu propósito, agindo diretamente sobre o próprio tecido da realidade. Este é o Deus que diz uma coisa “ser” e é.

Como Philo, que ajudou a introduzir a filosofia grega em Alexandria círculos judaicos ibn Gabirol equivale pensamento greco-árabe, e se espalhou no Ocidente. O trabalho de Ibn Gabirol não terá mais influência sobre seus contemporâneos judeus do que seu antecessor em seu tempo.

No entanto, como a mensagem de Philo tinha influenciado os Padres da Igreja, ibn Gabirol marcou profundamente os escolásticos cristãos, incluindo Albertus Magnus e seu aluno, Tomás de Aquino. Este é ironicamente através deles que o filósofo, cujo nome tem sido distorcida Avicebron, será conhecido Isaac e Judah Abravanel, Almosnino Moisés e Joseph Delmedigo.

Este livro, apesar de mencionado por vários Rishonim, foi esquecido, pelo menos nos círculos judaicos. Uma vez que não continha as referências habituais para os textos fundadores do judaísmo, ou seja, o Pentateuco e do Talmud, e, por outro, que foi escrito em árabe, que levou o seu autor, Avicebron para um defensor filósofo escolástico crista’ St. Augustine, ou um defensor muçulmano de Aristóteles, e este livro, traduzido para o latim como a Fons Vitae por monges franciscanos, tornou-se uma referência importante para eles, e para o mundo cristão em geral.

Em 1846, Salomon Munk descoberto entre os manuscritos hebraicos na Biblioteca Nacional, Paris, a obra de Joseph Falaquera Ben Shem Tov, que após a comparação com um manuscrito latino do “Fons Vitae” de Avicebron, acabou por ser um coleção de trechos do original em árabe, cujo “Fons Vitae” foi uma tradução. ele concluiu qu’Avicebron, era realmente o judeu Ibn Gabirol. [2]

Fontes:

[1] Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Salom%C3%A3o_Ibn_Gabirol

[2]CECILIA CINTRA CAVALEIRO DE MACEDO , METAFÍSICA, MÍSTICA E LINGUAGEM NA OBRA DE SCHLOMO IBN GABIROL (AVICEBRON): UMA ABORDAGEM BERGSONIANA , DOUTORADO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO , Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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[3] http://bvespirita.com/Metaf%C3%ADsica,%20M%C3%ADstica%20e%20Linguagem%20na%20Obra%20de%20Schlomo%20Ibn%20Gabirol%20%28Cecilia%20Cintra%20Cavaleiro%20de%20Macedo%29.pdf

Coordenador: Saul Stuart Gefter



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