O currículo do Rabino Abraham Deleon Cohen evidencia seu trabalho de ajuda ao povo judeu, seja difundindo o judaísmo, seja oferecendo orientação àqueles que dela necessitam, trabalho que vem realizando desde os tempos de sua juventude até os dias de hoje.
Destaca-se seu trabalho recente dedicado à causa dos Anussim (judeus que foram forçados a se converter ao cristianismo), muitos dos quais, às escondidas, continuaram a praticar o judaísmo. Após diversas gerações, hoje, no Brasil, podem ser identificadas famílias cujos hábitos e costumes revelam indícios de que são bnei anussim. E essas pessoas desejam retornar ao seu povo de origem.
O Rabino Deleon, usando processo de identificação através de indícios (por exemplo, hábitos caseiros que revelam práticas judaicas), vem descobrindo famílias que têm suas origens no judaísmo. A partir daí, orienta aqueles que o desejam para que se aprofundem nos estudos do judaísmo, a fim de se habilitarem a prestar exames (Beit Din), fazendo o Retorno ao povo judeu, sendo todo o processo de acordo com a Halachá.
O Rabino Deleon demonstra idealismo e dedicação ao judaísmo, passando a todos grande entusiasmo para ajudá-lo nessa causa que só o enobrece.
DESTAQUES DA CARREIRA:
- 50 anos de liderança Rabínica – Rabino e Rabino Adjunto
- 50 anos de liderança comunitária religiosa – em alimentos Kosher (Kashrut)
- Supervisão (Rav Hamachshir); Mohel; Escriba-Sofer.
- Criou e implementou projetos de longo prazo para aumentar a adesão.
- Fundou, ministrou e supervisiona rituais judaicos em estudos referentes à luto.
- Fundou e presidiu a Chevra Kadisha.
ATIVIDADES ATUAIS
EXECUÇÃO DOS RITUAIS:
Deveres rabínicos: Leitura da Torá, Conduzir minyanim, Tocar Shofar, Proferir sermões, outreach (projetos de extenção), Relações Interreligiosas e outros.
Shiurim diariamente durante os serviços religiosos Cerimônias judaicas relativas ao Ciclo da Vida judaica.
ACONSELHAMENTO FAMILIAR:
Programa de ensino de Bar e Bat Mitzvah, a cerca de 50 estudantes por ano.
Ensino para adultos em três línguas cobrindo cursos em diversas áreas judaicas, incluindo Tannach, Bíblia, Cabalá e aulas de Talmud. Hebraico, conversão e Judaísmo de A para Z.
Tem estreita ligação e serve como fonte de saber, informação, conhecimento em nossa importante escola.
LÍNGUAS:
Fala e escreve nas seguintes línguas:
- Inglês;
- Espanhol;
- Hebraico;
- Francês;
- Ladino e Turco(fluente).
HISTÓRICO DE CONTRATOS PROFISSIONAIS:
- Sinagoga de Stanton, Johannesburg, South Africa 2006 – Rabino
- AGUDAS ISRAEL CONGREGAÇÃO Hendersonville, NC 2003-2005 – Rabino
- SINAGOGA EMANUEL, West Hartford, CT – Rabino e Rabino Adjunto – 1996 – 2003
- GREATER HARTFORD KRASHUT GROUP, West Hartford, CT – Rav Hamachshir 1996 – 2003
- Supervisor de alimentos Kosher de grandes supermercados e fornecedores TEMPLE EMETH, Delray Beach, FL – Diretor de Ritual 1992 – 1996
- CONGREGAÇÃO MAGHEN DAVID, North Miami Beach, FL – Rabino 1990 – 1991
- TEMPLE BETH SHALOM, Hollywood, FL – Rabino e Rabino Adjunto 1982 – 1990
- CENTRO ISRAELITA Cali, na Colômbia. S.A. – Rabino 1968 – 1982
FORMAÇÃO EDUCACIONAL:
- BETH MIDRASH LARABANIM Istambul, Turquia
Haham e Bacharelado, Formado em 1962 - YESHIVAT PORAT YOSSEF Jerusalém
Rabi, Shochet, Mohel, Sofer & Moré, Formado em 1968 - Endosso do Richon LeSion Ribi haGaon Mordehay Elyahu z”l
- UNIVERSIDADE DE HARTFORD W. Hartford, CT
Business and Professional Communications – 2000 - UNIVERSIDADE DE ARIZONA
Grief Counseling – 2001
AFILIAÇÕES:
- South Appalachian Board of Rabbis, North Carolina – Fundador
- Rabbinical Fellowship Rabínico of Greater Hartford, CT
- The American Association of Rabbis, New York – CT, Tesoureiro
- Rabbinical Association of Greater Miami, FL
- Jewish Federation, Miami and Hollywood, FL
- Ministerial Association of Pardee Hospital, Hendersonville, NC
- Chaplain and Adviser at Pardee Hospital, Hendersonville, NC
PUBLICAÇÕES:
- Weekly Agudas BulletinBoletim
- Siddur Minchat Erev
- Shema Koleinu
- Pessach, Dinim Uminhagim
- Rosh Hashaná Machzor Katsar – duas edições
- Revista Ticva Jewish Weekly
APÓS APOSENTADORIA: PERÍODO DE 2007 – DIAS ATUAIS
- Retornando da África do Sul, decidi me aposentar e tornar-me Rabino Independente. Iniciei visitar diferentes sinagogas em minha área em Aventura, Miami, Flórida, EUA.
- Poucos meses depois, conheci três pessoas de origem brasileira que me visitaram, que se auto denominaram “Bene Anussim”: Augusto, Cezar e Yonathan
- Embora eu fosse Rabino sefardita, eu tinha pouco conhecimento sobre Bene Anussim.
- Após minha primeira reunião com eles, decidimos formar a Fundação Abarbanel, a fim de ajudar os Bene Anussim e dar oportunidade de voltarem às suas raízes como judeus
- Na minha primeira viagem ao Brasil, visitamos Porto Seguro, Bahia. Meu amigo Augusto Bentsur me disse que há cerca de 500 anos, Portugal invadiu Porto Seguro, entrando na praia e erigiram uma grande cruz, anunciando que o cristianismo, estava no Brasil pela primeira vez. Então, fizemos exatamente a mesma coisa. Próximo à sagrada Cruz, nós erguemos a bandeira do judaísmo
“VIEMOS PARA DESTRUIR OS PLANOS DA INQUISIÇÃO”
“VIEMOS PARA RESTAURAR E RETORNAR ÀS NOSSAS RAIZES TÃO ATINGIDAS POR ELES. BARUCH HASHEM”
- A Fundação Abarbanel, também estava lá. Viemos para destruir os planos da Inquisição de acabar com o judaísmo. Viemos para restaurar e retornar às nossas raízes tão atingidas por eles. Baruch Hashem
- Cerca de sessenta Bne
Anussim fizeram RETORNO (SHAVIM) ao Judaísmo. Também quatro novas sinagogas se juntaram à Fundação Abarbanel. Uma vez que esta porta ( Brasil ) havia sido aberta, voltei várias vezes depois disso. Visitei Brasília três vezes. Além disso, fazendo algumas conversões e retornos, Casherizei um micvê para uso local. Tivemos permissão para usar parte de um cemitério para o povo judeu; Dei instruções adequadas para serem feitos funerais casher.
“POR DOIS ANOS, REPRESENTANDO OS B´NEI ANUSSIM, FALEI NO CONFARAD”
- Por dois anos consecutivos representando os Bnei Anussim (marranos ou Cristãos-Novos), falei no CONFARAD, me reuni com pessoas sefarditas eminentes. Entrevistei vários rabinos locais. Também visitei e proferi sermões no Lar dos Velhos local.
“CERCA DE 12 PESSOASDE PETRÓPOLIS-RJ, FIZERAM E PASSARAM NO TESTE E TRÊS RABINOS ASSINARAM OS CERTIFICADOS DE SHAVIM”
- Visitei três sinagogas de Belém-PA para lá promover o programa SHAVIM.
- Em outra oportunidade fui a Petrópolis, R.J. na Congregação Judaica P’nei Or, para o melhor programa do nosso Beth Din. A cozinha do hotel foi casherizado. Pudemos usar um Mikvah casher nas proximidades. Cerca de 12 pessoas fizeram e passaram no teste e três rabinos assinaram os certificados de SHAVIM.
- Nesse meio tempo, visitei várias vezes a Colômbia. A Fundação Abarbanel estava muito ativa em cidades como Cali, Barranquilla, Cartagena, Santa Marta, Bogotá, Cucuta, etc. Nessas cidades pratico shechitá, Gitin, BAR MITSVAHS, ensino judaísmo, lidero serviços e conversões e cerimônias de SHAVIM.
- Trabalhei em um projeto de cemitério judaico em Barranquilla. Na verdade estou trabalhando num projeto referente ao vinho casher e frango casher.
- Por outro lado, na minha cidade natal, Miami, continuo atendendo meu povo como rabino. Que o D-us Todo-Poderoso me dê força, saúde e vida para continuar cumprindo a Mitsvah que Avraham Avinu costumava cumprir.
“SEGUNDO BEIT DIN DE PETRÓPOLIS -RJ. 19 PESSOAS FIZERAM E PASSARAM NO TESTE DO BEIT DIN E ASSINARAM OS CERTIFICADOS DE SHAVIM E/OU CONVERSÃO”
- Seguindo os moldes do 1º Beit Din. Foi feito um segundo Beit Din com 19 candidatos;
- Aproveitando o ensejo, foi realizado o Bar/Bat Mitzvah;
- Dois casais celebraram o casamento que a muitos anos esperavam.
Grupo de Bnei Anussim retornados pelo intermédio da Congregação Judaica Pnei Or (Petrópolis) com o Rabino Deleon PhD em 2014
Rabbi Abraham Deleon Cohen Ph.D. S’t.
A responsabilidade do conteúdo dessa publicação é do seu autor.
Shalom !
Quais são os passos que devo dar para obter o Certificado de Bnei Anoussim?
É com muita felicidade ter uma fundação preocupada em resgatar a história e as pessoas com ascendência judia pois muitos como eu está em busca constante de sua identidade judaica antiga.
Grato e parabéns pelo brilhante trabalho que tens feito.
Mazal tov!
Shalom, Sr Wagner Cardoso. Em primeiro lugar, agradecemos a sua participação e suas palavras amigas e de incentivo.
Respondendo sua pergunta em partes, inicialmente é necessário definir muito claramente quem realmente são os benê anussim.
Os benê anussim, tão badalados no meio judaico do Brasil, nada mais são que os descendentes de antigos judeus que foram forçados mediante ameaças de morte, de banimento e de expropriação de seus patrimônios a abandonarem sua fé judaica para abraçarem mediante violência uma fé praticada no país onde viviam.
Esse lamentável fenômeno não ficou restrito aos reinos de Portugal e Espanha, mas aconteceram em muitos outros locais onde hoje se localizam países como a França, Alemanha, Polônia, Rússia, Egito, Arábia Saudita, Irã, Iemen, dentre muitos outros. Tampouco a prática de conversões forçadas se limitaram a vitimar os judeus, mas também atingiram muçulmanos e até mesmo cristãos, quando esses últimos estavam em países de outras religiões. Resumindo, esse triste recurso de conversão mediante ameaças e violência foi muito comum no passado e infelizmente, ainda persiste em alguns lugares, onde o respeito aos Direitos Universais do Homem ainda são uma distante utopia.
Retornando ao tema, identificar-se como um “ben anussim“, literalmente “filho dos forçados”, não é um status religioso especial que concede privilégios ou tampouco indica uma “situação positiva”. Ao contrário, como bem definiu Moshêh ben Maimon z”l, os benê anussim são como crianças que foram roubadas de seus pais e cresceram longe de suas famílias. Portanto, quando um ben anuss descobre sua ancestralidade e deseja firmemente retornar à sua raiz ancestral, é mitsváh da comunidade judaica recebê-lo amorosamente e instruí-la pacientemente de forma a reintegrá-lo à Nação Judaica.
Infelizmente, esse tema tem sido utilizado de forma incorreta motivados por diversos interesse, nem sempre carregados com a devida seriedade que o assunto merece, gerando resistência em algumas comunidades a recebê-los de acordo com a halakháh. Em nossa esnoga, entendemos que este assunto deveria ser encarado tão seriamente como um “resgate de reféns”.
Quanto ao “certificado de benê anussim“, isso não existe. Entretanto é possível realizar pesquisa genealógica de forma a localizar e documentar a ancestralidade judaica, que nem sempre estará relacionada a uma conversão forçada de ancestrais da pessoa em questão.
Nossa recomendação é que o senhor busque profissionais especializados em pesquisa genealógica para identificar documentalmente essa alegada ancestralidade.
Por outro lado, o simples fato do senhor estar buscando suas origens é considerado por todos nós algo extremamente positivo. Mazal tov por isso. Quando conhecemos nossas origens e suas histórias pessoais de nossos antepassados, temos em nossas mãos as ferramentas necessárias para evitar no futuro os erros de outrora.