- Introdução – Aula sobre Reza – Tefilá – Chodesh Elul
(anotações da aula do Rav Shlomiansky – México – no dia 3 de Agosto de 2010, em Miami
feitas por André e Flávia Kutwak)
Chodesh Elul é o último mês do ano (antes de Rosh Hashana), quando as Tefilot (rezas) têm uma importância e um poder ainda maior. É sabido que o Mundo se sustenta (existe) através de 3 coisas:
1. O estudo da Torah
2. A Avodah do Beit Hamikdash -> equivalente hoje em dia à Tefilah
3. As boas ações para com o próximo -> Assim como o Hessed (bondade) que D’us faz conosco, já que nós nos beneficiamos da criação.O Arizal (mestre da Cabalá no século XVI) diz que a Tefilah é a principal mitzva que irá trazer a Gueula (redenção). Uma Tefilah sem Kavanah (intenção) é como um corpo sem alma.
Sabemos também que quanto maior a importância e a recompensa de uma mitzva, maior é o Yetzer Hara que nós opõe a ela e por isso é tão difícil se concentrar na reza. Por isso entendemos o fato de a recompensa ser maior, já que D’s criou em nós uma inclinação natural em negligenciar estas mitzvot para que tenhamos o mérito de nos sobrepor a essa inclinação (aquele famoso ditado: No pain, no gain). Quais são as bases de uma Tefilah exitosa:
• Saber o significado das palavras que estamos pronunciando (se necessário reze em sua própria língua).
• Ter Kavana (intenção) de que tudo que pedimos depende exclusivamente de D-us.
• Pedir como um pobre pede a um rico, ou seja, sem nenhuma arrogância e com submissão.
O Shulchan Aruch diz que se a primeira Brachá do Shmone Essre é feita sem Kavana, ela deve ser repetida. Como hoje em dia se supõe que não vamos ter a Kavana necessária mesmo ao repetir a benção então não devemos repetir para assim evitar proferir uma benção em vão (que é uma proibição da Torah). Uma pessoa não deve se subestimar e imaginar que ela é muito pequena, ou completamente sem importância, e que por isso sua reza não será aceita por D’s. Essas são artimanhas utilizadas pelo Yetzer Hará (inclinação Ruim) para nos desencorajar a engajar na reza.
Qualquer reza e de qualquer pessoa será sempre ouvida. D´us decidirá se será ou não respondida e quando e de que maneira será respondida.
Nas cidades refúgios para onde as pessoas que assassinavam sem intenção (mas por imprudência) eram mandadas, a mãe do Kohen Gadol dava presentes para os assassinos para que estes não rezassem para a morte do Kohen Hagadol (já que sua morte significava pela Torah a libertação de todas essas pessoas da cidade refúgio). Já que é difícil acreditar que essas pessoas não deixariam de rezar, pelo menos com isso a mãe do Cohen conseguia que eles diminuíssem a sua kavana (intenção) na hora de rezar e com isso as tornava menos efetiva. Portanto se até a essas rezas D’us escutava, quanto mais rezas muito mais legítimas e puras.
Como em todas as outras coisas D’us também nos responde seguindo o princípio de “Midah Keneged Midah”. Assim, ao falarmos na chazarah (repetição da amidah) é como se tivéssemos desprezando a reza para Hashem. Se a pessoa despreza à Hashem ele despreza a reza dessa pessoa.
Há muitos anos um senhor ficou sabendo que seu filho tinha sofrido um acidente de carro, e encontrava-se em estado muito grave. Os Médicos disseram que provavelmente ele nao
sobreviveria. O pai respondeu que não se preocupassem. A família achou que ele nao havia entendido a real gravidade da situação.
Ele disse que sim, entendeu e não estava louco. Conta ele, que ele tinha ajudado o Chofetz Chaim (Rabbi Yisrael Meir Kagan) na Polônia na revisão da Mishna Brura, e recebeu dele uma Bracha que nunca antes tinha entendido. Disse o Chofetz Chaim “que nunca morra um filho seu em sua vida”. Disse ele então que não precisava se preocupar –
não é o que dizem os doutores mas o que determina Hashem.
E uma benção do Hafetz Haim que além de Gadol Hador (um dos líderes da geração) se preocupava com cada palavra que saia de sua boca haveria de ser escutada nos céus. E assim aconteceu, o seu filho aos poucos foi se recuperando.
O instrumento utilizado pra reza é nossa boca. Sabemos que pra sair da obrigação de rezar precisamos movimentar os lábios mesmo que sem voz. Ou seja, não basta Kavana, mas uma
combinação das duas coisas. A pessoa que cuida da pureza de sua boca evitando falar Lashon Hara (mal do próximo) está mantendo o seu instrumento de trabalho da melhor forma possível.
A pessoa que o estraga através de sua fala não terá a mesma eficiência em sua reza pois o instrumento está comprometido. Sempre pedimos em nossas rezas para que D´us nos conceda Bina (sabedoria), Saude, Parnassa (sustento), Tshuva… Como devemos pedir de maneira mais eficiente?
– Devemos pedir todas as coisas com o objetivo de servir Hashem (L’shem Shamaim). Por exemplo:
• Sustento para poder ter uma bela mesa de shabat e Chaguim, com convidados.
• Sustento para poder dar tzedaka aos necessitados
• Sustento para pagar uma boa educação pros filhos e com isso possibilitar que cresçam em Torah.
• Saúde para ter disposição de criar os filhos, cumprir mitzvot.
• Sabedoria para poder entender a Torah.
• Assim por diante (obviamente com intenção pura e verdadeira).
– Pedir para todo Klal Israel (todo o povo judeu). Como veremos adiante ao pedir pros outros de maneira SINCERA o mesmo pedido é concedido pra nós mesmos antes dos outros
– Se solidarizar com a dor de Hashem ao nos ver sofrer e ao ver todo o povo judeu sofrer pois é sabido que Hashem sofre mais que os filhos dele. É como um pai que castiga ou briga com um filho para poder educá-lo e sofre mais que a própria criança por ter
de ser duro com ela. Desta maneira devemos pedir para que Hashem não sofra por ter que nos punir através de doença ou qualquer outro castigo.
Como Hashem nos responde?
– O que aconteceram com todos as rezas que fizemos por aquela pessoa que estava doente e que acabou falecendo? A tefila não obriga Hashem a fazer algo de imediato. Somos
serventes de Hashem e não o contrário. A resposta pode ser um não!!!
– Temos que entender que há pagamento no Olam Haba (mundo vindouro) e há também em muitos casos frutos no Olam Haze (esse mundo).
– Quando se faz algo Leshem Shamaim, ganha-se o mérito no Olam Haba.
Comos as tefilot de nossos avós e bisavós nos anos 50-70 ao sofrerem ao verem seus filhos e netos saindo do caminho no pós guerra não surtiram nenhum efeito nos filhos deles? Não tiveram Kavana suficiente? A resposta é que os filhos deles também tinham visto a guerra e escolheram uma vida mais fácil sem a obrigação das mitzvot. A geração que nasceu agora é “limpa dessa decisão”. Então as tefilot dos avós foram efetivas para essa geração de agora que não teve culpa de crescer sem Torah, e por isso um número tão impressionante de gente fazendo Tshuva no mundo inteiro. Isso é o que se chama de “Zechut Avot” (mérito dos antepassados).
Importante notar que simplesmente o ato de rezar já é uma mitzva por si só independente de ser ou não atendido. Ela nos leva a consciência de que D’s é o dono do mundo. Ela é um contínuo treinamento e nos leva ao aperfeiçoamento da Emunah (fé).
Uma pergunta que podemos nos fazer: D’us comanda tudo no mundo, então por que rezamos tentando mudar o que Ele decidiu?
– Para reforçar nossa Emunah de que tudo vem de D’s (primeiro dos 10 mandamentos)
– Temos que fazer nossa Ishtadlut (esforço próprio para que as coisas saiam bem)
– Se a tefilah é efetiva, o decreto pode mudar. A pessoa se eleva através de suas tefilot pois está reconhecendo e agradecendo à D’us.
A pessoa passa a ser diferente da pessoa anterior que teve algo decretado por Hashem, e esse agora pode mudar completamente o decreto (já que não devemos esquecer que em geral decretos ruins nada mais são que para aumentar a consciência das pessoas da presença de Hashem).
Porque quando se reza para alguém essa reza deveria ser atendida, mesmo em situações de que a pessoa pra quem se reza nem sabe que estão rezando por ela? (vale ressaltar que pesquisas científicas comprovaram que em diferentes grupos de pacientes aqueles que tinham gente rezando por eles apresentaram um índice de melhora significativamente maior e o efeito placebo não existiu pois ninguém sabia a que grupo pertencia).
– A pessoa para quem se reza é considerada o professor, e quem reza é considerado como um aluno. Então os méritos da pessoa (talmidim) pelo fato de se elevarem e se aproximarem de D’us através da reza vão para a pessoa que motivou essa reza, mesmo que ele não tenha tido a intenção de que isso ocorresse. Isso ajuda ao objeto da reza.
– Uma pessoa que reza a D’s por outra muitas vezes não merece estar sofrendo por essa outra pessoa tão querida pra ela, então Hashem cura essa pessoa para que as outras que não merecem sofrer não sofram por ela. Como podemos ver, esse mundo pode ser comparado com um sistema de infinitas variáveis. Aqui tentamos trazer algumas das variáveis que podem influenciar na decisão de Hashem de responder ou não a certa reza, mas esse sistema de infinitas variáveis só é mesmo entendido por ela que o criou.
– É sabido que Hashem atende a um sábio e Tzadik. Que passou então com o Rei Shlomo (Salomão)? Quando Salomão faleceu foi de uma doença desconhecida. O que aconteceu é que ele já tinha rezado para curar pessoas das mais diversas doenças, dessa maneira ele não poderia falecer de nenhuma delas. Hashem teve que mandar uma doença desconhecida até então. Vemos ai o poder de imunização que a reza traz pras pessoas.
Uma bela história pra terminar:
Um taxista tem como passageiro um Rav e lhe conta uma história. Ele diz que quando estava em uma viagem, após terminar o exército em Israel, escutou uma gritaria e quando vai ver, o seu colega estava com uma cobra esmagando seu pescoço.
Tentam fazer de tudo para a cobra soltá-lo e nada O amigo já não aguentava mais, e apesar de não ser nada religioso resolve fazer o que a maioria dos judeus fazem ao morrer e diz o Shema Israel no que seriam suas últimas palavras de vida. A cobra imediatamente o solta e vai embora. Após esse episódio ele começa uma trajetória de Teshuva e se torna religioso.
O Rav então pergunta ao taxista: E você? Ele responde: Não rav, isso aconteceu com meu amigo, não comigo!!
Quando vemos um milagre concreto, aberto, que só pode mesmo ter sido feito por Hashem, existe um Yetzer Hara (má inclinação) especifica contra ele para que não fiquemos sem nosso livre arbítrio. E por isso fica mais difícil rezar nesses momentos.
O rapaz dessa história viu algo incrível mas achou que apesar de ele ter visto com seus próprios olhos aquilo não era pra ele pois não se passou com ele. Devemos entender que tudo que se passa em nossa volta acontece com um propósito, nada é por acaso.
Desde as coisas pequenas até as grandes. Vamos aprender com o que acontece também com os outros. Isso é válido individualmente e também como nação já que nossos sábios já disseram que tudo o que acontece no mundo é para que o povo judeu veja e aprenda se acercando de D´us.
É importante que saiamos daqui e coloquemos logo em prática todos os ensinamentos para não perder a inspiração e a vontade. É importante também pedir a Hashem que nos ajude a fazer uma Tefilah própria e entender que rezar é um processo contínuo de aprendizado e madurez. Que nossas rezas e de todo povo de Israel sejam sempre
escutadas. Amen Ken Iehi Ratzon. [1]
- Rezar Funciona! Por Rabino Shabsi Alpern
Os sábios ensinam que as preces diárias substituem o Serviço Divino do Templo. Segue um resumo básico do efeito das orações. Sem dúvida a prece se constitui numa mitsvá; mas como funciona? Se é vontade de D’us que alguém fique doente, será que a oração pode mudar Sua opinião? Ou um pedido pode fazer com que D’us conceda algo ao suplicante quando, sem a prece, não teria sido atendido? É possível que a vontade Divina esteja sujeita a mudanças, devido à intervenção do ser humano?
O resultado da oração está, em muitos aspectos, além da compreensão humana. Uma das explicações é que orar não muda a decisão do Altíssimo, mas, sim, o caráter ou a atitude de quem pede. Antes de tudo, a oração nos ajuda a aceitar a vontade de D’us. Mais ainda, a prece estimula o seguinte pensamento numa pessoa sincera: “Como mereço ser atendida?
” Ela faz uma auto-análise que, por sua vez, gera mudanças construtivas de caráter, tornando-a mais receptiva à bondade Divina — uma bondade que está sempre emanando, mas que nem sempre o ser humano está em condições de receber. Este é o papel da oração sincera.
Quando rezamos em benefício de alguém, com muito mais razão, a oração produz resultado imediato. Por exemplo, se por qualquer motivo, o julgamento Divino decretar certa dose de preocupações para determinada pessoa (A), e outra (B) participa deste sofrimento a ponto de rezar e sentir pela primeira, então D’us aliviará sua dor (a de A), porque a justiça Divina não permitirá que quem está orando e se preocupando (B) tenha um sofrimento que não lhe foi ordenado.
Assim sendo, ao participar das dificuldades de nossos semelhantes, temos condições de aliviá-los. Que possamos realmente entender o valor e o poder das orações. Desta maneira, certamente serão feitas com mais atenção. Por sua vez, as preces trarão respostas rápidas e positivas, traduzidas em bênçãos de saúde, alegrias e paz. [2]
III. Rezar em hebraico… mas e em português?
Uma lição fundamental que aprendi ao longo destes anos é que as orações precisam que as compreendamos para que tenham significado. Do que vale recitar as longas bênçãos da Amidá ou um qualquer salmo se não fazemos a mínima ideia do que significam. É certo que o hebraico é a língua escolhida e preferencial para o povo judeu como língua litúrgica e sem dúvida que nenhuma outra tradução das versões originais das orações conseguirá ser totalmente certa sem ser em hebraico.
Na tradição judaica, o hebraico é a língua com a qual D’us «contactava» com os profetas daí ser apelidada, de acordo com Nachmanides, como a «língua sagrada». No Talmud (Sotah 33) discute-se esta mesma questão, em que se fala da comparação do rezar em hebraico com o rezar em aramaico (que representará, numa abordagem contemporânea, todas as línguas estrangeiras), e conclui-se que se deverá rezar em hebraico pois os anjos não percebem as línguas estrangeiras.
Mas a questão que se põe é a seguinte: e se não compreendermos hebraico e, consequentemente, as orações que dizemos diariamente? Será que o podemos fazer? A resposta mais simples: o melhor é aprender hebraico. Mas, e após confirmar com o rabino Jules Harlow, existem várias orações, uma grande maioria mesmo, que podemos dizer na língua de nossa compreensão.
Maimonides disse, e com todo o sentido, que «rezar sem concentração não é considerado rezar», ou seja, rezar não é apenas debitar uma série de incompreensíveis palavras a uma velocidade estonteante não compreendendo uma única coisa do que se está a dizer. O princípio de como rezar diariamente pode ter origem na Torá (Devarim 11:13):
יג וְהָיָה, אִם–שָׁמֹעַ תִּשְׁמְעוּ אֶל–מִצְוֹתַי, אֲשֶׁר אָנֹכִי מְצַוֶּה אֶתְכֶם, הַיּוֹם–לְאַהֲבָה אֶת–יְהוָה אֱלֹהֵיכֶם, וּלְעָבְדוֹ, בְּכָל–לְבַבְכֶם, וּבְכָל–נַפְשְׁכֶם « E há de ser que, se diligentemente obedeceres a meus mandamentos que eu hoje te ordeno, de amar ao Eterno, e de o servir de todo o teu coração e de toda a tua alma»
Verso «de o servir de todo o teu coração» a partir do qual, no Talmud (Taanit 2a), conclui que devemos praticar o serviço da oração com todo o nosso coração, designado até as orações como Avodah sheba-Lev ou seja «serviço do coração» (ou «que está no coração»). Maimonides acrescenta até que ao dizermos as palavras sem as compreendermos, mesmo que rezemos diariamente, não cumprimos a mitzvá porque é impossível estar a fazê-lo com significado e com o coração.
A conselho do rabino Jules, comecei há uns meses a praticar diariamente o serviço da tarde (minchá) na seguinte sequência: Shema Ashrei (Salmo 145) Amidá Alênu
Pesquisei junto do rabino e noutras fontes, qual seria a regra em relação à língua na qual recitaria estas orações.
Confesso que nas primeiras vezes o fiz em hebraico, usando melodias que podem ser encontradas no site da Chabad, e fiquei com um sentimento vazio por apenas perceber o que disse no Shema, por saber o que significa em português. Em relação ao Shema existe uma grande discussão dado que no Talmud o rabino Yehudah diz que se deve recitar o Shema em hebraico visto que é retirado da Torá.
Embora a maioria dos sábios diga que deve ser recitado em qualquer língua que se compreenda, a Halachá, que sempre seguiu a maioria, pelo menos no tempo em que os sábios se esforçavam por compreender e pragmatizar o judaísmo o que deixou de acontecer há séculos, diz que o Shema pode ser recitado em qualquer língua mas com a obrigação de que seja entendido, e que as palavras sejam «claras e articuladas» (código da lei judaica: Orech Chaim 62:2).
Também é geralmente aceite que a Amidá seja recitada em qualquer linguagem. Então afinal, quando rezamos sozinhos podemos fazê-lo numa língua que compreendamos?
No código da lei judaica em Orech Chaim, 101:4 diz que quando rezamos uma oração que todos os Judeus rezem podemos fazê-lo em qualquer língua, mesmo que nas discussões talmûdicas apenas se refira o aramaico como alternativa ao hebraico, o aramaico pode e deve ser entendido, em termos de regra, como qualquer outra língua estrangeira mas que a compreendamos.
Na oração o mais importante é prestar atenção a toda a reza e a concentração é vital durante todo o serviço, seja ele qual for (Código da Lei Judaica). Existem até pontos em várias orações (como a primeira linha do Shema, o início da Amidá, a linha do Salmo 145 «Abres a tua mão, e fartas os desejos de todos os que vivem», etc..) que caso não os digamos com concentração e clareza devemos recomeçar a própria oração.
Ou seja, se o fizermos numa língua que não compreendemos, estaremos a violar não só a ideia que devemos rezar com o coração, como não estaremos nem a compreender nem a rezar com a clareza necessária tanto estas partes como toda a oração.
Uma boa solução (que tenho visto como a mais aceite dentro do judaísmo)? Rezar numa língua que todos compreendamos e começar a aprender hebraico, para que um dia mais tarde, se assim o quisermos, cumprirmos a mitzvá da oração como se fazia há 2000 anos no Templo. Pois estaremos de qualquer uma das formas a cumprir verdadeira mitzvá: servir a D’us com todo o nosso coração. [3]
Fonte: [1] Shaarei Bina: http://shaareibina.com/portugues/artigos/026a.html
[2] Chabad: http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1355656/jewish/Rezar-Funciona.htm
[3] Sefaradi Blog: https://sefaradi.wordpress.com/2010/11/21/rezar-em-hebraico-mas-e-em-portugues/
Coordenador: Saul Stuart Gefter
A responsabilidade do conteúdo dessa publicação é do seu autor.
Boa noite todos os dias eu rezo, recito os telins que nosso Rabino nos passa, mas como não domino o hebraico eu abro meu Tanah, que tem o hebraico e o português, eu rezo em português porque me concentro e recito sentindo cada palavra, as vezes peço perdão a D’us se estiver rezando errado por não ter quem me ensine de forma correta, D’us sabe que é minha porção na terra entre os vivos, pois vivo eu e Ele, não tenho família, e Ribeirão Preto não tem sinagogas nem Rabinos, mas eu faço com prazer com o coração e cada palavra eu tento assimilar o máximo que posso.
Eu estou errada?
Você está certíssima.
O mais importante é a kavaná (intenção). Se suas intenções são as melhores possíveis, então é isso que importa.
Shalom! Hashem lê os corações e recebe com bom grado todas as orações sinceras e com boas intenções. Se a senhora se eleva ao ler o Tana”kh, mesmo em português, não há problema algum. Hashem conhece todos os idiomas e vai entender o que a senhora tem a dizer. Caso deseje aprender hebraico, existem cursos e plataformas que ensinam o “lashom hakodesh”. Por isso, incentivamos a senhora a buscar esse conhecimento. Desejamos uma excelente caminhada espiritual.